Reprodução Scheifer foi morto
numa emboscada preparada pelos próprios colegas de farda
O cabo da Polícia Militar,
Lucélio Gomes Jacinto, foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão pela morte
do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique
Paschiotto Scheifer, assassinado numa emboscada em maio de 2017, em Matupá (696
km de Cuiabá). A sentença do Conselho de Justiça Militar foi publicada nesta
segunda-feira (14), no Diário da Justiça.
Foi concluído que o cabo da PM
cometeu o crime de homicídio acompanhado das seguintes qualificadoras: por
traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso, que
dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, assegurar a execução, a
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime prevalecendo-se o agente da
situação de serviço. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Por outro lado, o Conselho da
Justiça Militar absolveu o 3º sargento da PM, Joailton Lopes de Amorim e o
soldado da PM Werney Cavalcante Jovino.
Em março de 2022, o cabo Lucélio
Gomes Jacinto havia sido condenado a 20 anos de prisão. Porém, três meses
depois, o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça em um recurso
protocolado pela defesa que alegou erros na sentença condenatória no que diz
respeito à fase de dosimetria da pena.
O caso
Investigação da Corregedoria da
Polícia Militar apontou que os três policiais envolvidos na morte do tenente
Scheifer inventaram um confronto com ladrões de banco para encobrir o real
motivo da morte de Scheifer, que foi baleado pelo cabo Lucélio Gomes Jacinto.
Na denúncia criminal, o
Ministério Público diz que os militares cometeram o crime porque queriam evitar
que a vítima adotasse medidas que pudessem responsabilizá-los por desvio de
conduta em uma operação que resultou na morte de um dos suspeitos de roubo na
modalidade “Novo cangaço”.
Testemunhas relataram, durante
inquérito policial, que presenciaram o desentendimento entre a equipe e o
tenente Scheifer. Em determinado momento, os denunciados teriam se reunido a
portas fechadas para conversar sobre o ocorrido.
Scheifer foi atingido com um
disparo efetuado pelo próprio colega de farda, no abdômen, em um local que
havia sido no dia anterior palco de confronto entre policiais e suspeitos de
roubo.
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