Contribuintes de Mato
Grosso pagaram R$ 5,601 bilhões em impostos, taxas e contribuições,
incluindo as multas, juros e correção monetária, desde janeiro até
agora. Nesse mesmo intervalo, foram arrecadados R$ 1 trilhão em todo o
país. Neste ano, o montante foi atingido com dois dias de antecedência,
comparado com 2012, conforme registrou o Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação (IBPT), nesta terça-feira (27), por meio do
Impostômetro.
Entidade
é responsável pelo desenvolvimento do sistema, instalado na sede da
Associação Comercial de São Paulo (ACSP) desde 2005, com o objetivo de
chamar a atenção da população sobre a alta taxa de tributos pagos e,
consequentemente, o retorno disso na prestação de serviços à sociedade.
Com
os valores arrecadados no Estado seria possível, por exemplo, contratar
419,893 mil professores do Ensino Fundamental por ano, construir
405,922 mil salas de aulas equipadas ou pavimentar 4,871 mil quilômetros
de estradas. Pelos cálculos do Impostômetro, cada contribuinte
mato-grossense pagou até agora R$ 1,855 mil ao governo estadual,
considerando o recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA), Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), taxas e
previdência.
Em
Cuiabá, foram arrecadados R$ 803,741 milhões ou R$ 1,420 mil por
habitante, de acordo com o somatório das receitas correntes, incluindo
além das arrecadações de tributos municipais (IPTU, ISS, ITBI, taxas e
previdência municipal), o montante das transferências constitucionais
realizadas pela União e pelo Estado, bem como outras receitas
não-tributárias.
Expectativa
era que neste ano a arrecadação de R$ 1 trilhão fosse alcançada mais
tardiamente por causa das desonerações e da queda da atividade
econômica, mas a antecipação confirma o quanto a carga tributária é alta
no país, avaliou o presidente da Federação das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. Na avaliação do diretor
da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato
Grosso (Facmat), Manuel Gomes, a cobrança de impostos não recua por que
o gasto do governo é crescente, principalmente com pessoal e
previdência.
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