
“Procurava minha mãe e não encontrava. Ninguém deu a mão para me ajudar. Os únicos foram os policiais do Núcleo de Desaparecido”, agradeceu o jovem, que deixou de conviver com a mãe quando o pai se separou levando do interior de São Paulo os três filhos pequenos, de 9 meses, 4 e 5 anos. Todos esses anos, ele e os irmãos moraram com o pai em Juazeiro da Bahia, sem nenhum vínculo com a mãe.
O rapaz nunca perdeu a esperança de conhecer a mãe, da qual a única lembrança era um retrato antigo que pegou escondido, da mulher aos 25 anos. Willian conta que suas buscas começaram aos 17 anos, quando saiu da casa do pai para procurar a mãe em São Paulo. Sozinho e com dificuldades financeiras veio para Cuiabá para trabalhar. E foi durante uma palestra da juíza do Trabalho, Eleonora Alves da Silva, sobre segurança e proteção individual, que suas esperanças reacenderam.
Ao fim da palestra procurou a juíza e narrou sua história. A juíza, então, o orientou a procurar uma Delegacia de Polícia e fazer registro de desaparecimento. A ocorrência chegou às mãos dos policiais civis do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, que começaram a investigação até a localização da mãe.
“Por meio de um boletim de ocorrência da mãe que tinha sido roubada em São Paulo, conseguimos achá-la”, lembra a chefe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, investigadora Lauriane Cristina de Oliveira.
fonte: LUCIENE OLIVEIRA
DA PJC