Arione Pereira Leite, de 56 anos, foi encontrado morto com várias marcas de pedrada na cabeça |
Foi encontrado
morto no começo da manhã desta sexta-feira (11/10), no fundo da Escola
de Tempo Integral (ETI) Eurídice de Melo, no Jardim Aureny III, em
Palmas, o professor Arione Pereira Leite, de 56 anos. Ele foi apedrejado
na cabeça, sofreu afundamento craniano e morreu no local.
O corpo estava
próximo ao carro da vítima, na Rua 26. Uma das três filhas de Arione foi
até o local e fez a identificação do cadáver, uma vez que não foram
encontrados documentos pessoais com o professor. De acordo com a Polícia
Militar (PM), a pedra usada no crime tinha cerca de 15 cm de diâmetro.
O Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e após a confirmação
da morte do professor, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico
Legal (IML) da capital. A liberação deve ocorrer nas próximas horas.
Natural da
cidade de Novo Acordo, Arione morava na quadra 1.104 sul e dava aulas de
português na Escola Municipal Aurélio Buarque, onde trabalhava há 5
anos. Segundo conhecidos, ele havia assumido a homossexualidade
recentemente. A hipótese de crime homofóbico está sendo investigada pela
Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Abalada,
Bethânya Gabrielle, que era aluna da vítima, contou, em entrevista à
REDE TO, que Arione era uma pessoa divertida que amava o que fazia.
"Ontem durante a aula, ele estava tão alegre; falou que iria viajar, é
inacreditável", disse.
O presidente do
Grupo Ipê Amarelo pela Livre Orientação Sexual, Henrique Ávila, só este
ano, foram três homicídios motivados por razões homofóbicas na capital
tocantinense. "Estamos entristecidos com a notícia e isso só reforça a
necessidade do governo em criar medidas emergenciais para o fim da
homofobia em nosso estado, pois os crimes de ódio só estão aumentando e o
governo não toma uma postura diante de tudo", afirmou.
Arione Pereira Leite, de 56 anos, dava aulas em uma escola municipal de Palmas. |
Fonte: Rede-to
Por: Dermival Pereira