Consta que no áudio interceptado em 21 de maio deste ano, eles teriam dito que o município teria R$ 6,5 milhões para serem aplicados. Na conversa entre o advogado Marden Tortorelli, que intermediava o contato de Luciane Hoepers, conhecida como a “musa do crime”, o mesmo pergunta se o município poderia investir em renda fixa e Fidic. “Ele [sem citar nome] pode R$ 1 milhão em Fidic, que dá 4”, disse a mulher.
Posteriormente ele diz que os outros R$ 5 milhões iriam para a renda fixa. “É isso mesmo. Ele consegue 5 e o resto em renda fixa a 3,5”, detalha Luciane.
Conforme apurado, o município já era investigado pelo Ministério Público por suspeita de irregularidade no repasse ao fundo, o Canaã Prev. Conforme o RDNews, o diretor executivo do Canaã Previ, Izaru Balarmino Leite, garantiu, por meio de oficio ao MP, que todos os depósitos da previdência foram efetuados, sem deixar de recolher e aplicar. Segundo ele, os fundos tem tido bons ganhos, ainda que tenham registrado perda em maio deste ano.
Conforme o Nortão Notícias já informou, o prefeito de Colíder, Nilson Santos (PMDB) também está entre os 13 prefeitos de Mato Grosso assediados pela quadrilha.
Em 21 de maio deste ano, a PF interceptou um diálogo entre o advogado e Luciane, onde constatou-se que os bandidos acreditavam que o prefeito cairia no golpe e aplicaria cerca de R$ 16 milhões provenientes da Previdência Municipal.
Porém, a conversa é curta e não revela se de fato a negociação foi fechada. Conforme o RD News, consta apenas que: “Colíder pode fechar que está 100% fechado. Vou pedir a documentação e já vou fechar com ele”, afirmou Marden a Luciane.
Além das duas cidades, consta que a quadrilha também teria tentado aplicar o golpe em Sinop, Feliz Natal, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Nova Canaã, Nortelândia, Primavera do Leste, Cuiabá e Várzea Grande.
Aos prefeitos, a quadrilha oferecia “comissão” e vantagens ilícitas para convencer os mesmos a efetuar transferências de recursos públicos para os fundos com rendimentos pouco atrativos e com alto risco. A quadrilha teria causado um prejuízo aproximado de R$ 300 milhões nos vários municípios do país em que agiu.