O lado Oeste e a parte Sul da Flona são formados por áreas intensamente povoadas e produtivas (Foto- Caminhão Queimado pelos fiscais do Ibama em Cachoeira da Serra) | |
Fonte: ORM NEWS/Thiago Vilarins (Sucursal Brasília)
O
caos instalado em Cachoeira da Serra, no distrito de Castelo dos
Sonhos, em Altamira, repercutiu no Congresso Nacional em Brasília. Desde
a semana passada o clima é tenso na região por causa da Operação Onda
Verde do Ibama. Segundo colonos da região, fiscais e policiais
envolvidos na operação queimaram três carretas e um trator de
caminhoneiros que estavam no entorno de uma reserva indígena. As
carretas estavam às margens da BR-163 e não dentro da área e mesmo assim
foram destruídas pelo fogo. Em entrevista à TV Liberal o
superintendente do Ibama, Leonardo Aranha, afirmou que havia madeira
pronta para ser retirada de dentro da reserva pelas carretas que estavam
fora da área. Mas no momento em que os veículos foram incendiados não
havia mercadoria nas carrocerias.O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) relatou, em plenário, toda a situação e destacou o depoimento de um dos caminhoneiros: "Houve muita ameaça dos policiais civis e federais que estavam nessa operação. Eles estavam armados e chegaram a dizer que iriam nos matar se nós não entregássemos os caminhões, que estavam vazios. Iam nos matar e ninguém saberia de nada porque estávamos no meio do mato onde ninguém estava vendo nada", disse o colono em entrevista à repórter Jalilia Messias. Flexa Ribeiro também falou que, depois disso tudo, depois que os carros foram incendiados os caminhoneiros foram liberados e tiveram de caminhar até 20 km para conseguir carona. Eles andaram por mais de quatro horas. Tudo isso, segundo ainda discursou o parlamentar, é reflexo do descaso com toda essa área que abrange Flona Jamanxim, um problema que trago há anos espera solução. Esse episódio ocorreu lá nas proximidades da Floresta Nacional do Jamanxim que foi criada em 2006 no município de Novo Progresso. A área é habitada há décadas por brasileiros que atenderam ao chamado do Governo para colonizar o Norte do País e que teriam poucas chances de mobilidade social em regiões mais desenvolvidas. Eles encararam a proposta acreditando que o INCRA daria a titularidade das terras que cultivassem pelo Plano de Integração Nacional que anunciava o assentamento de aproximadamente 100.000 famílias. Tudo isso em meados da década de 1970, época em que os inúmeros trabalhadores rurais migraram para o Norte fugindo do rigoroso inverno que devastou lavouras no Sul do País. O lado Oeste e a parte Sul da Flona são formados por áreas intensamente povoadas e produtivas. Fazendas formadas com extrema dificuldade, das mais variadas. São regiões já impactadas, onde são criados porcos, galinhas, gado, e há plantação de abacaxi, feijão, milho banana, abóbora e diversas outras culturas, além de Planos de Manejo Florestal Sustentados, muitos já executados e outros em execução. Mas, para que a Unidade de Conservação funcione e atinja seus objetivos, é preciso fazer a regularização fundiária e redefinir os limites da floresta nacional. E mais uma vez Flexa Ribeiro cobrou. "Os colonos da região querem a delimitação da área para que possam produzir, trabalhar, manter seus negócios. Há anos se cobra essa redefinição, foram inúmeros discursos e reuniões de trabalho. E nada foi feito", disse. Para finalizar, o senador ressaltou que esses acontecimentos recentes demonstram a necessidade urgente de acabar com a inércia para resolver o impasse da demarcação. Em relação à queima das carretas, Flexa exigiu a apuração dos fatos a fim de verificar se não houve abuso de poder por parte do Ibama e da polícia. Foto: Rep. Folha do Progresso |
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2014/05/28
Caos em Castelo dos Sonhos, no PA, repercute em Brasília
2014/03/26
Polícia destrói 100 mil pés de maconha em reservas indígenas, no PA
Cerca
de 100 mil pés de maconha que foram apreendidos em reservas indígenas e
áreas devolutas do nordeste do Pará foram destruídos pela Polícia Civil
dentro da operação "Coivara". O balanço da ação foi divulgado nesta
terça-feira (25). Ninguém foi preso.
A operação atingiu áreas dos municípios de Nova Esperança do Piriá, Cachoeira do Piriá, Viseu e Garrafão do Norte. Para realizar a operação, a presença de uma equipe do GRAESP, com uso de um helicóptero, foi fundamental para localizar as áreas de cultivo, situadas em meio à mata fechada e de difícil acesso por terra. Dois peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, responsáveis em fazer a constatação da droga ainda nas roças, e uma equipe do COE (Comando de Operações Especiais), da PM, também atuaram na operação.
Conforme o delegado João Bosco, a produção de maconha na região é usada para abastecer pontos de tráfico de drogas em cidades do Maranhão e de Tocantins. A operação, detalha o delegado, contou com policiais civis das Diretorias de Polícia do Interior e de Polícia Especializada, com 30 policiais civis que atuam na Divisão de Repressão ao Crime Organizado e das Superintendências Regionais da Zona do Salgado e da Zona Bragantina.
Busca por suspeitos
Durante o trabalho dos peritos é feita a mensuração da área do cultivo de maconha, o que possibilita estimar a quantidade de pés da erva no local. Nelson Sobreira, do GRAESP, ressalta que a meta é de que, nas próximas operações, sejam usadas duas aeronaves para fazer o sobrevoo na região, como forma de agilizar ainda mais a localização das roças. O delegado João Bosco afirma que novos planejamentos serão realizados, para dar continuidade à operação, visando prender os envolvidos na prática e identificar os responsáveis pelas terras usadas no cultivo.
O nome da operação Coivara é alusivo a uma técnica agrícola usada em comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas que consiste em fazer plantações através da derrubada da mata nativa, seguida pela queima da vegetação. A mesma usada para a plantação de maconha na região.
Parte das drogas, como maconha beneficiada e sementes da erva, foi conduzida para Belém, ao final da ação policial realizada de 17 a 24 deste mês.
A operação atingiu áreas dos municípios de Nova Esperança do Piriá, Cachoeira do Piriá, Viseu e Garrafão do Norte. Para realizar a operação, a presença de uma equipe do GRAESP, com uso de um helicóptero, foi fundamental para localizar as áreas de cultivo, situadas em meio à mata fechada e de difícil acesso por terra. Dois peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, responsáveis em fazer a constatação da droga ainda nas roças, e uma equipe do COE (Comando de Operações Especiais), da PM, também atuaram na operação.
Conforme o delegado João Bosco, a produção de maconha na região é usada para abastecer pontos de tráfico de drogas em cidades do Maranhão e de Tocantins. A operação, detalha o delegado, contou com policiais civis das Diretorias de Polícia do Interior e de Polícia Especializada, com 30 policiais civis que atuam na Divisão de Repressão ao Crime Organizado e das Superintendências Regionais da Zona do Salgado e da Zona Bragantina.
Busca por suspeitos
Durante o trabalho dos peritos é feita a mensuração da área do cultivo de maconha, o que possibilita estimar a quantidade de pés da erva no local. Nelson Sobreira, do GRAESP, ressalta que a meta é de que, nas próximas operações, sejam usadas duas aeronaves para fazer o sobrevoo na região, como forma de agilizar ainda mais a localização das roças. O delegado João Bosco afirma que novos planejamentos serão realizados, para dar continuidade à operação, visando prender os envolvidos na prática e identificar os responsáveis pelas terras usadas no cultivo.
O nome da operação Coivara é alusivo a uma técnica agrícola usada em comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas que consiste em fazer plantações através da derrubada da mata nativa, seguida pela queima da vegetação. A mesma usada para a plantação de maconha na região.
Parte das drogas, como maconha beneficiada e sementes da erva, foi conduzida para Belém, ao final da ação policial realizada de 17 a 24 deste mês.
Fonte: Jornal Folha do Progresso
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