Marianna Marimon, repórter do GD
Chico Ferreira/Arquivo
Pedro Henry, denuncia desvio de R$1 milhão/mês nos repasses para Sinop
|
Conforme o deputado, o Ministério da Saúde repassa R$2,8 milhões por mês para serem investidos em Sinop, e que deste valor, apenas R$1,3 mi estão sendo repassados. “Estão deixando de aplicar mais de R$1,5 mi por mês para o atendimento de média e alta complexidade, ou seja, não abrem leitos e cirurgias, então, para onde está indo este dinheiro? Este desvio equivale a R$18 milhões em um ano, que deixaram de ser aplicados. É um descaso com o dinheiro público, e eu possuo cópia de todos estes contratos”, reclamou.
Pedro Henry também acrescentou que com estes valores, poderiam ser realizadas cerca de cinco mil cirurgias em Sinop. “Eu não entendo esta lógica, o governo não esclarece o que acontece com o dinheiro público, porque deixa de investir em Sinop para realizar as cirurgias lá, para sobrecarregar a Baixada Cuiabana?”, questionou.
Para Henry, o maior problema da saúde no Estado é a falta de prioridade por parte do governo, e destacou que o aporte de recursos diminuiu desde 2010. O deputado também citou a falta de leitos no Estado e destacou que o Hospital das Clínicas está fechado. “É um absurdo, você ter que ir para outro Estado fazer transplante de rim, porque aqui, onde fazíamos este serviço, o hospital está fechado. Não tem lógica não abrir o Hospital das Clínicas, o Ministério da Saúde já havia proposto os recursos’, disse.
Em defesa do atual modelo de gestão da saúde pública, as Organizações Sociais de Saúde (OSS), Henry considerou que os valores aplicados são menores que os da gestão direta. “Este modelo de saúde é do governo, foi implantado e sua continuidade é escolha do governador Silval Barbosa. O secretário de Saúde à época, era o Marcos Machado, que aprovou a lei na Assembleia Legislativa, e o que vejo, é que cidades como Cáceres e Rondonópolis, não querem perder o serviço das OSSs”, defendeu.
O deputado citou que o custo com o hospital de Colíder era de 8.4 o valor da tabela SUS, e que atualmente, este custo é de apenas 2.5 da tabela.
“Existe um descontentamento por parte dos servidores, que estão na luta pelos direitos deles, que querem a estabilidade e segurança do serviço público, porque nas OSSs você recebe conforme a sua produtividade”, acrescentou.
O deputado ressalta que o governo precisa ter responsabilidade com a aplicação dos recursos públicos, e priorizar a saúde. “Em 2011, fizemos uma negociação com o Ministério da Saúde, que se comprometeu a encaminhar maiores componentes pela União, e a recíproca do governo estadual não foi verdadeira, o que vimos, foi uma diminuição nos recursos”, criticou.