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2013/11/03

Casos de tuberculose na maior penitenciária de MT sobem para 112

03/11/2013

Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, abriga 1.891 detentos.
Cerca de 30% dos presos passam por avaliação e casos podem subir.


Operação em presídio de Cuiabá separou detentos. (Foto: Assessoria Sejudh-MT)

Durante operação dentro da PCE presos com tuberculose foram seprados  (Foto: Assessoria Sejudh-MT)
O número de casos de tuberculose na Penitenciária Central do Estado (PCE), maior unidade prisional de Mato Grosso, localizada em Cuiabá, aumentou de 97 para 112. Os registros são referentes a detentos infectados com a doença somente neste ano e há possibilidade de que mais casos sejam confirmados ainda neste mês. De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), 30% da população carcerária da penitenciária ainda estão passando por avaliação médica e os diagnósticos não foram concluídos.
O procedimento na Penitenciária Central está ocorrendo desde o mês de outubro, quando o governo intensificou a investigação após constatar o alto índice de presos com a doença, resultando na “Operação legalidade”. Na ocasião, os reeducandos com tuberculose foram separados dos demais detentos e permanecem em uma ala específica na unidade. Conforme a Sejudh, eles ficam isolados por 15 dias, quando a doença ainda é contagiosa.
O secretário de Justiça e Segurança Púbica, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, não considera o número de casos alarmante e garante que todos os presos estão recebendo tratamento adequado. Ele ressalta que logo após a confirmação do diagnóstico da doença, o tratamento inicia no próprio interior do presídio. Em 2012, conforme a secretaria, foram registrados 189 casos de reeducandos com tuberculose nas unidades prisionais do estado.
Máscaras de proteção
Atualmente a Penitenciária Central do Estado abriga 1.891 reeducandos. Na tentativa de evitar a contaminação, advogados, defensores públicos, servidores, que possuem contato direto com os presos estão usando máscaras de proteção. O gerente de Saúde da penitenciária, Hosano Delgado, disse que as máscaras são disponibilizadas para os agentes prisionais como medida de proteção. Porém a situação tem causado preocupação para os profissionais.
Falta de médicos
O secretário Luiz Antônio Pôssas admitiu, em entrevista concedida anteriormente, que a questão da tuberculose também está relacionada com os sérios problemas no setor quanto à falta de médicos e profissionais.  Apenas quatro médicos realizam o atendimento aos detentos das três unidades prisionais de Cuiabá, que abrigam atualmente 3.251 presos, somando os que estão na Penitenciária Central do Estado (PCE), Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto e no Centro de Ressocialização, antigo Carumbé. Um dos médicos é ginecologista e atua apenas na unidade feminina. Um outro profissional, que seria o responsável pela PCE está afastado por problemas de saúde.
Pôssas avalia que o número não é suficiente para o atendimento e pretende lançar concurso público, ainda este ano, para contratação de médicos e enfermeiros. Porém, a data ainda não foi anunciada. Além disso, informou que já recorreu ao programa federal “Mais Médicos”, com o objetivo de que sejam encaminhados profissionais destinados exclusivamente para as penitenciárias do estado.
 Kelly Martins Do G1 MT

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