A rede de lojas do Grupo Rio Móveis é alvo de cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, na operação "QBex", deflagrada na manhã desta quinta-feira (06.03),pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública(Defaz) e Diretoria de Interior, da Polícia Judiciária Civil. As buscas são realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e nas cidades de Lucas do Rio Verde, Nova Bandeirantes, Monte Verde, Paranaíta, Marcelândia, Itaúba, Peixoto de Azevedo, Matupá, Aripuanã, Juara, Contriguaçu, Juruena, Sorriso, Sinop, Nova Canaã do Norte e Colíder, onde fica a sede do grupo.
O grupo é suspeito de comercializar computadores roubados no estado de Goiás, no ano passado. A denúncia foi repassada a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso por meio da Diretoria de Inteligência, depois que a Polícia Civil de Goiás prendeu uma quadrilha de roubos e descobriu que a mercadoria estaria sendo comercializada em Mato Grosso.
De acordo com as investigações, mais de 600 computadores avaliados em cerca de R$ 1 milhão, roubados em Goiás estariam sendo vendidos nas lojas. Na loja do CPA I, em Cuiabá, a delegada Liliane de Souza Murata Costa, com sua equipe apreendeu 23 notebooks e 8 CPU. Em Várzea Grande, no bairro Cristo Rei, o delegado titular da Fazendária, Carlos Fernando da Cunha Costa, encontrou 25 computadores, do lote subtraído. “Os computadores não têm número de série, mas tem uma configuraração exclusiva para a venda alvo do roubo em Goiás”, disse.
O delegado Carlos Fernando da Cunha, disse que a investigação foi repassada a Fazendária devido sua atribuição estadual, já que a maioria das lojas está no interior deMato Grosso. O delegado explicou que por ser a mercadoria de origem ilícita as notas fiscais emitidas com a venda dos computadores também são “ideologicamente” falsas. “A nota é materialmente verdadeira, mas o conteúdo dela ‘ideologicamente’ falsa”, declarou.
O delegado também disse que não houve pedido de prisão, pois a investigação ainda irá confirmar se a administração das lojas tinham conhecimento que a carga adquirida era roubada, embora não tenha nota fiscal dos produtos. “Alguém á frente da administração dessas lojas sabia que a mercadoria entrou sem nota. Estão esquentando o documento”, destacou.
Os responsáveis pelo Grupo podem responder pelos crimes de receptação e sonegação fiscal. Os mandados de buscas foram expedidos pela Vara do Crime Organizado do Fórum de Cuiabá.
O balanço da operação será divulgado no período da tarde.
Fonte: MTnoticias.net com Assessoria