Os esforços do governo federal para reduzir o prejuízo das distribuidoras devem ter um efeito negativo para o consumidor final.
Duas medidas, o empréstimo de R$ 11,2 bilhões para as distribuidoras e o leilão de energia da semana passada, devem ter impacto imediato nas tarifas de consumidores residenciais e industriais.
Segundo cálculos feitos pela consultoria TR Soluções, com as ações do governo, os os reajustes de 2014 devem ser de 21,3% em média -a conta para este ano leva em consideração só as distribuidoras cujas datas de reajustes ainda não chegaram.
Entre as distribuidoras que já repassaram a alta de custos para os consumidores, a média de alta nas tarifas ficou em 13,2%.
Já em 2015, quando o empréstimo começará a ser pago, os reajustes serão em média de 25%.
As tarifas aumentarão porque as duas soluções encontradas pelo governo elevam encargos e custos das distribuidoras ante o ano anterior.
O leilão, a primeira das soluções, firmou o preço em R$ 268,33 por megawatt-hora (MWh), enquanto que, em alguns casos, as distribuidoras chegam a comprar energia das geradoras ao preço de R$ 30 por MWh.
Já o empréstimo será pago pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo presente na conta de luz e que será aumentado para socorrer as distribuidoras.
Antes das medidas, diz Pedro Steele, diretor da consultoria TR Soluções, os repasses referentes ao baixo nível de chuvas já seria alto por causa do uso das usinas termoelétricas (que têm custo de energia mais caro).
Mas, como as propostas do governo têm impacto direto no quanto é cobrado dos consumidores, os repasses serão ainda maiores.
“O detalhe é que o custo total dos empréstimos será igualmente distribuído entre todas as distribuidoras, independentemente de ela ter tomado empréstimos ou não”, afirma Steele.
O governo adotou tais medidas para evitar uma disparada da inadimplência entre as empresas do setor, que tiveram contratos com geradores encerrados em 2013 e não conseguiram recontratar igual volume de energia, o que foi chamado de “exposição involuntária”.
Por isso, elas precisam recorrer ao mercado à vista, em que as cotações do MWh ultrapassam R$ 800.
EXPOSIÇÃO
Apesar dos esforços, o governo ainda não conseguiu resolver a “exposição involuntária”.
Segundo o relatório da TR Soluções, as distribuidoras conseguiram cobrir apenas 74% da exposição, longe do número divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de 85%.
Em uma projeção otimista, em que o preço no mercado à vista caia para R$ 700, o custo dessa exposição entre abril e dezembro pode chegar a
R$ 4,2 bilhões.
As distribuidoras, somente com os gastos de fevereiro e março, já consumiram R$ 8 bilhões do empréstimo.
O governo, então, precisaria elevar em no mínimo R$ 1 bilhão o tamanho do empréstimo. Caso isso aconteça, deve aumentar ainda mais a conta para o consumidor.
Duas medidas, o empréstimo de R$ 11,2 bilhões para as distribuidoras e o leilão de energia da semana passada, devem ter impacto imediato nas tarifas de consumidores residenciais e industriais.
Segundo cálculos feitos pela consultoria TR Soluções, com as ações do governo, os os reajustes de 2014 devem ser de 21,3% em média -a conta para este ano leva em consideração só as distribuidoras cujas datas de reajustes ainda não chegaram.
Entre as distribuidoras que já repassaram a alta de custos para os consumidores, a média de alta nas tarifas ficou em 13,2%.
Já em 2015, quando o empréstimo começará a ser pago, os reajustes serão em média de 25%.
As tarifas aumentarão porque as duas soluções encontradas pelo governo elevam encargos e custos das distribuidoras ante o ano anterior.
O leilão, a primeira das soluções, firmou o preço em R$ 268,33 por megawatt-hora (MWh), enquanto que, em alguns casos, as distribuidoras chegam a comprar energia das geradoras ao preço de R$ 30 por MWh.
Já o empréstimo será pago pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo presente na conta de luz e que será aumentado para socorrer as distribuidoras.
Antes das medidas, diz Pedro Steele, diretor da consultoria TR Soluções, os repasses referentes ao baixo nível de chuvas já seria alto por causa do uso das usinas termoelétricas (que têm custo de energia mais caro).
Mas, como as propostas do governo têm impacto direto no quanto é cobrado dos consumidores, os repasses serão ainda maiores.
“O detalhe é que o custo total dos empréstimos será igualmente distribuído entre todas as distribuidoras, independentemente de ela ter tomado empréstimos ou não”, afirma Steele.
O governo adotou tais medidas para evitar uma disparada da inadimplência entre as empresas do setor, que tiveram contratos com geradores encerrados em 2013 e não conseguiram recontratar igual volume de energia, o que foi chamado de “exposição involuntária”.
Por isso, elas precisam recorrer ao mercado à vista, em que as cotações do MWh ultrapassam R$ 800.
EXPOSIÇÃO
Apesar dos esforços, o governo ainda não conseguiu resolver a “exposição involuntária”.
Segundo o relatório da TR Soluções, as distribuidoras conseguiram cobrir apenas 74% da exposição, longe do número divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de 85%.
Em uma projeção otimista, em que o preço no mercado à vista caia para R$ 700, o custo dessa exposição entre abril e dezembro pode chegar a
R$ 4,2 bilhões.
As distribuidoras, somente com os gastos de fevereiro e março, já consumiram R$ 8 bilhões do empréstimo.
O governo, então, precisaria elevar em no mínimo R$ 1 bilhão o tamanho do empréstimo. Caso isso aconteça, deve aumentar ainda mais a conta para o consumidor.