Welington Sabino, repórter do GD
Chico Ferreira/Arquivo |
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, Ingrid foi autuada pelos crimes de manter casa de prostituição, rufianismo e tráfico de pessoas. Rufianismo é o tipo penal previsto no artigo 230 que consiste no fato de ‘tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça‘.
Segundo o delegado do caso, Bruno Sérgio Magalhães Abreu, as mulheres que trabalhavam na casa de prostituição eram obrigadas a fazer dívidas no estabelecimento e não podiam deixar o local enquanto as contas não fossem pagas. Além de cobrar pelo táxi que levava as garotas até o local, a dona do comércio cobrava uma multa de R$ 150 delas, caso seus clientes tomassem cerveja, o que não era rentável para a casa. Vale lembrar que prostituição não é crime no Brasil, mas o ato de tirar proveito e explorar homens ou mulheres que “vendem seus corpos” exigindo parte do lucro, como é o caso, segundo a Polícia Civil, confira crimes.
De acordo com o delegado, “os valores iam se acumulando e as garotas não tinham condições de pagar as dívidas, sendo obrigadas a permanecer trabalhando no estabelecimento.”. A operação continua ao longo da semana para averiguar a existência de outros pontos de prostituição na região. A Polícia Civil não informou o porquê do nome “Salve Jorge” dado à operação, mas presume-se que seja em virtude da novela global que recentemente tratou do tráfico internacional de pessoas para prostituição, onde as vítimas eram submetidas a condições de escravidão, precisavam fazer programas e ficavam sob cárcere privado.
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