enquando procurava suspeita (Foto: Abinoan
Santiago/G1)
"Eu estava na frente da casa de um sobrinho, em Santana, quando escutei um tiro. Fui ver o que era, avistei o policial cambaleando pedindo ajuda, dizendo ser militar. Ele ainda chegou a pedir ajuda a um motorista, mas a pessoa não parou. Nesse momento eu peguei o meu carro e o levei ao hospital junto com outro policial, que também estava bastante ferido", relatou o consultor de empresas.
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Segundo o Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes), um
soldado e um sargento da Polícia Militar (PM) foram atingidos com
golpes de faca por um homem de 19 anos, suspeito de roubar um parente do
policial, em Santana.
O suspeito morreu com um disparo de arma de fogo, efetuado pelo próprio
PM, durante luta corporal entre os dois. Os policiais não estavam em
serviço, conforme a PM."Eu coloquei os policiais no meu carro e os levei ao hospital. Eles estavam desesperados e perdiam muito sangue", contou Sousa.
O sargento da PM deu entrada em estado grave no hospital de Santana. Ele foi atingido com duas facadas, uma nas costas e outra no peito. "O sargento passou por uma cirurgia e não tem mais risco de morrer", disse o consultor de empresa, que lamentou que o filho Júlio Natan não tenha recebido ajuda semelhante momentos antes de morrer.
"Amigos do meu filho disseram que chegaram a pedir ajuda pra muita gente, mas ninguém se ofereceu. Isso poderia salvá-lo", destacou Sousa.
Inquérito
Umberto de Sousa avaliou como "prematura" a conclusão da Polícia Civil sobre a possível motivação para o assassinato do filho dele.
O delegado Plínio Roriz disse que o crime foi provocado por uma postagem do menor de idade em uma rede social. A vítima teria ofendido uma das suspeitas do homicídio pelo Facebook, segundo concluiu o delegado. Roriz presidiu o inquérito do crime na Delegacia de Investigação em Atos Infracionais (Deiai).
"Acredito que a afirmação do delegado foi prematura porque ainda tem uma suspeita foragida. Eu não consegui localizar essa ofensa e ninguém fez print disso. Mas se ocorreu, nenhuma ofensa daria motivos para matar alguém porque existem leis para punir", frisou o pai, que está mobilizando um ato público para o dia 15 de janeiro em frente ao Fórum de Macapá. O evento iniciará às 9h e pretende chamar a atenção da Justiça para o caso.