Só Notícias Fotos: Polícia Militar de Cláudia
A
Polícia Militar encerrou o primeiro dia da reintegração de posse na
fazenda Jaguaribe, em União do Sul (180 quilômetros de Sinop), ontem,
sem incidentes. Só Notícias teve acesso ao balanço que aponta 14 imóveis
inspecionados e desocupados, atingindo 42% do total apontado na decisão
da justiça. Os trabalhos prosseguem hoje, liderados pelo comandante da
PM de Cláudia, tenente Manoel Dantas.
“Não houve nenhuma intervenção policial
durante a ação neste primeiro dia. Não houve registro de prisão nem
apreensões. O comando da operação policial, ratifica que a ação tem sido
pautada pelo diálogo com ênfase na dignidade das pessoas ali
encontradas, na promoção do bem de todos e, consequentemente, na
solução pacífica do conflito litigioso, assegurando assim o cumprimento
da ordem judicial”, apontou a PM.
Pelo menos 20 policiais militares com
apoio da Força Tática de Sinop cumprem a ordem de reintegração na
fazenda que integra projeto do mesmo nome. Pelo menos trinta e três
famílias estariam vivendo nos pouco mais de 1.609,3 hectares que
pertenceriam a sete associações, que os receberam inicialmente
desmembrados em duas matrículas do Banco da Terra, os dividindo em três
partes: construção da vila para famílias, reserva legal e lavoura com
espaço para produção conjunta.
No entanto, no documento que Só Notícias
teve acesso com a decisão da Vara Especializada de Direito Agrário em
Cuiabá, é apontado “que em junho de 2008, as partes requeridas, que
também participam do projeto do Banco da Terra e que residem na Fazenda
Jaguaribe, passaram a esbulhar a área de uso comum – destinada à
exploração conjunta para lavoura, sob alegação de que o documento da
área era ilegal e que a área era devoluta”.
Conforme já informado, consta que a
parte requerida “tomou posse da área comunitária do Projeto (de uso
comum) e a subdividiu em 29 lotes e (tamanho em média de seis
alqueires), a partir daí, iniciou o processo de ocupação da área de uso
comum do projeto, destinada para exploração conjunta de lavoura, por
desertores do projeto e ainda, com a participação de outros que viram a
possibilidade de ganhar um espaço de terra”.