Um ano e quatro meses após dar à luz, uma mãe, que não quer ser
identificada, finalmente pode levar para casa o filho, que foi
diagnosticado com osteogenese imperfeita. No entanto, como o bebê sofre
fraturas com facilidade, a mulher alega que não tem como cuidar da
criança: "Ele precisa de muita atenção. Decidi dar para adoção porque eu
não tenho condição de ficar com ele". Assim, o menino continua
internado no Hospital Materno Infantil, em Goiânia, onde está desde que
nasceu.
Devido à doença rara, o bebê teve todas as fraturas possíveis dentro do útero, inclusive nas costelas. Ao nascer, ele foi levado direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMI. O menino teve ajuda de aparelhos para respirar por nove meses.
No berço do menino, há brinquedos que ajudam no desenvolvimento. Médicos e enfermeiros do HMI acompanham a evolução da criança. “Cuidei dele, tenho muito amor por ele. É uma criança muito especial, não só pra mim, mas para todo mundo no hospital. Ele é muito querido”, conta a enfermeira Cinthia Fabiana dos Reis.
Embora tenha recebido alta médica, a pediatra ressalta que o menino precisa de atenção especial. "Ele vai precisar de acompanhamento pediátrico, ortopédico, fisioterápico, com fonoaudióloga em centro específico para estas doenças. Precisa de manipulação com cuidados especiais. Uso de brinquedos que não ofereçam risco para ele. Precisa de almofadinhas, travesseiros", explica.
Família
Sabendo das restrições da criança, a mãe diz que é impossível cuidar dele. Ela mora com o marido em Alvelinópolis, no interior goiano. Com mais dois filhos, um de 6 anos e outro de 4 meses, ela e o esposo concordaram com a adoção do menino.
Entretanto, o Conselho Tutelar alegou que vai dar apoio à família e insistir para que os pais fiquem com o menino. "Nós acolhemos a criança, trabalhamos com ela e com a família. Eles precisam sim de ajuda, tanto financeira, se for o caso, como também encaminhamento para psicólogos. A aceitação, a autoestima precisa ser trabalhada", afirmou a conselheira tutelar Divina Pereira dos Santos.
A conselheira informou, ainda, que a questão do menino foi encaminhada ao Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) e que o órgão vai determinar qual será o destino do bebê. "O caso ainda será avaliado, mas se a criança for mesmo doada os pais poderão responder por abandono de incapaz. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) destaca que toda criança tem o direito de conviver com seus familiares e que a falta de recursos financeiros não é motivo suficiente para isentar essa responsabilidade dos genitores. Por isso existem os programas de auxílio do governo. De qualquer forma, a Justiça vai determinar se houve crime ou não", explicou Divina.
Devido à doença rara, o bebê teve todas as fraturas possíveis dentro do útero, inclusive nas costelas. Ao nascer, ele foi levado direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMI. O menino teve ajuda de aparelhos para respirar por nove meses.
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Mesmo na UTI, o bebê já quebrou o braço duas vezes ao brincar com
chocalho. Apesar das fraturas, segundo a pediatra Paula Pires, ele é um
menino forte e já consegue comer papinha e até segurar a mamadeira.No berço do menino, há brinquedos que ajudam no desenvolvimento. Médicos e enfermeiros do HMI acompanham a evolução da criança. “Cuidei dele, tenho muito amor por ele. É uma criança muito especial, não só pra mim, mas para todo mundo no hospital. Ele é muito querido”, conta a enfermeira Cinthia Fabiana dos Reis.
Embora tenha recebido alta médica, a pediatra ressalta que o menino precisa de atenção especial. "Ele vai precisar de acompanhamento pediátrico, ortopédico, fisioterápico, com fonoaudióloga em centro específico para estas doenças. Precisa de manipulação com cuidados especiais. Uso de brinquedos que não ofereçam risco para ele. Precisa de almofadinhas, travesseiros", explica.
Família
Sabendo das restrições da criança, a mãe diz que é impossível cuidar dele. Ela mora com o marido em Alvelinópolis, no interior goiano. Com mais dois filhos, um de 6 anos e outro de 4 meses, ela e o esposo concordaram com a adoção do menino.
Entretanto, o Conselho Tutelar alegou que vai dar apoio à família e insistir para que os pais fiquem com o menino. "Nós acolhemos a criança, trabalhamos com ela e com a família. Eles precisam sim de ajuda, tanto financeira, se for o caso, como também encaminhamento para psicólogos. A aceitação, a autoestima precisa ser trabalhada", afirmou a conselheira tutelar Divina Pereira dos Santos.
A conselheira informou, ainda, que a questão do menino foi encaminhada ao Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) e que o órgão vai determinar qual será o destino do bebê. "O caso ainda será avaliado, mas se a criança for mesmo doada os pais poderão responder por abandono de incapaz. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) destaca que toda criança tem o direito de conviver com seus familiares e que a falta de recursos financeiros não é motivo suficiente para isentar essa responsabilidade dos genitores. Por isso existem os programas de auxílio do governo. De qualquer forma, a Justiça vai determinar se houve crime ou não", explicou Divina.
Pediatra cuida de bebê em hospital de Goiânia (Foto: Renata Costa/ TV Anhanguera)