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2013/10/08

Prefeito nega ter sido assediado por quadrilha que fraudava fundos de previdência

Em entrevista coletiva, o prefeito de Colíder, Nilson Santos (PMDB), negou que tenha sido assediado pelos criminosos da quadrilha desarticulada pela operação Miquéias da Polícia Federal, e especializada fraudar fundos de previdências dos municípios.

“Algumas pessoas estão levando pelo lado político dizendo que o prefeito de Colíder também foi um dos prefeitos mato-grossenses assediado para aplicar dinheiro da previdência municipal em fundos geridos pela quadrilha da Musa do Crime. Isso não passa de irresponsabilidade de quem criou essa fantasia, nunca falei com nenhum deles e tampouco fui assediado”, disse ele, conforme a assessoria.

Durante a coletiva, foi mencionado que pessoas que estariam compartilhando, via redes sociais, uma foto montagem do prefeito juntamente com a modelo Luciane Hoepers, a ‘Musa do Crime’, como ficou conhecida, seriam acionados judicialmente.

Na oportunidade, o gestor também apresentou um relatório do balanço das contas da Previ Lider, Fundo Municipal de Previdência Social, onde consta que na Caixa Econômica Federal está depositado R$ 9.418.925,3; no Banco do Brasil R$ 5.997.146,85; no Sicredi  R$ 2.057.640,5; somando o total de R$ 17.889.262,37.

Consta também que o presidente da Previdência Municipal de Colíder Massao Yaguchi, recebeu uma pessoa da quadrilha, mas não firmou compromisso e descartou qualquer relação entre a PrevLíder e a máfia investigada pela PF. Conforme o prefeito, esse tipo de decisão só pode ser tomado de forma conjunta e seguindo orientações de consultores e conselheiros

Ainda segundo gestor, as aplicações do PrevLíder não podem, serem feitas simplesmente por um assédio como publicou um site de Cuiabá.  O prefeito sozinho não tem autonomia de retirá-lo para fazer movimentação. Para tal, existe uma comissão e um Conselho Curador e vereadores  também fazem parte.

Conforme o Nortão Notícias já informou, em 21 de maio deste ano, a PF interceptou um diálogo entre o advogado Marden Tortorelli e Luciane Hoepers, onde constatou-se que os bandidos acreditavam que o prefeito cairia no golpe e aplicaria cerca de R$ 16 milhões provenientes da Previdência Municipal.

Porém, a conversa é curta e não revela se de fato a negociação foi fechada. Conforme o RD News, consta apenas que: “Colíder pode fechar que está 100% fechado. Vou pedir a documentação e já vou fechar com ele”, afirmou Marden a Luciane.

Além de Colíder, consta que a quadrilha também teria tentado aplicar o golpe em Sinop, Feliz Natal, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Nova Canaã, Nortelândia, Primavera do Leste, Cuiabá e Várzea Grande.

Aos prefeitos, a quadrilha oferecia “comissão” e vantagens ilícitas para convencer os mesmos a efetuar transferências de recursos públicos para os fundos com rendimentos pouco atrativos e com alto risco. A quadrilha teria causado um prejuízo aproximado de R$ 300 milhões nos vários municípios do país em que agiu.

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