Da Redação - Patrícia Neves
Foto: Jardel P. Arruda - OD
Luciana e quatro de seus sete filhos. Os outros estavam na creche.
Além de perder seu companheiro, Luciana viu sua vida e de seus filhos se transformar. Sem dinheiro, já que o marido era o único que trabalhava em uma fábrica de tintas para manter sua família, Luciana se mudou para casa do sogro no bairro Dom Aquino, em Cuiabá e hoje precisa de ajuda para poder sobreviver. Luciana e Gilson tinham uma história que já durava 18 anos.
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“Antes eu morava no Pedra 90 em uma casa cedida pela minha mãe. Já era complicado, mas juntos era mais fácil. Sozinha, eu resolvi que não tinha como fazer. E vim pra cá, mas a despesa aumentou demais”. Hoje, o espaço da casa - de seis cômodos - é dividido entre Luciana, a sogra, o sogro, sete filhos de Luciana, mais uma criança de dez anos de idade filho da irmã de Gilson e outros cinco adultos.
“Eu estou ajudando com meu salário de aposentada e do meu marido que trabalha como vigilante. Minha filha também tem colaborado, mas ela tem uma criança, paga escola, transporte e ganha apenas um salário. Tudo é muito caro é difícil”, relata a aposentada Dinah Almeida Rosa, 70 anos, mãe de Gilson.
Distraída, garotinha olhava constantemente para o nada
Ela conta ainda estar desnorteada com a perda do rapaz e com toda a situação vivenciada. Dinah confirmou que não conhecia o casal que estava no carro juntamente com Gilson, mas afirmou que eles não compareceram ao velório ou prestaram qualquer tipo de auxílio à família. Apesar da dor, as crianças ajudam a acalentar o sofrimento. Dinah desobra seu tempo entre os inúmeros afazeres domésticos, a alimentação da família e o auxílio a nora em cuidar das crianças que ainda não estão matriculadas em unidades escolares públicas. “De três deles, nós estamos tentando encontrar vagas nas creches”.
Sonhos
“Desde o ano de 2003 estou cadastrada para conseguir uma casa própria, mas nunca fui contemplada. Meu sonho era ter um espaço meu. Ainda não sei como será o futuro”, diz Luciana, gestante de seu oitavo filho. Sem saber se terá um menino ou uma menina ela ainda aguarda documentação do Instituto Médico Legal (IML) para poder requisitar o pagamento do seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) e poder garantir um futuro um pouco melhor aos seu meninos e meninas. “Tudo o que nós temos é uma cama de casal, uma geladeira usada e um fogão”.
“Hoje, o que mais precisamos são frutas, verduras, carne mesmo. Ajuda também para despesa na energia elétrica porque o gasto é muito maior”. Para que puder ajudar mais informações podem ser obtidas no contato 3624-2411, com Luciana ou Dinah.