A reintegração de posse de cerca 25 mil hectares de terra no assentamento Santa Rosa I, aconteceu até o final da tarde desta quinta-feira(21), de forma pacífica.
Houve um diálogo considerado aceitável, dos assentados com os policiais que desenvolvem a ação, diferentemente do que se esperava.
15 residências foram destruídas e reintegradas ao proprietário reclamante.
Em nenhuma das residências destruídas, foi encontrada moradores. Algumas estavam completamente vazias e outras fechadas, necessitando serem arrombadas para a retirada do móveis.
Conforme o comandante da operação, Tenente Coronel Tadeu Firme, são cerca de 300 residências que deveram ser destruídas até o fim da operação. Acredita-se que se levará cerca de 07 dias para ser finalizado, caso não ocorra algo inesperado.
A estratégia neste primeiro momento é evitar o enfrentamento. A primeira região a ser reintegrada foi uma área produtiva, com terras planas e aberta, possibilitando com isso uma melhor visão aos policiais.
A partir de amanhã (22)deve-se iniciar a reintegração em uma área mesclada de mata e lavoura, o que deverá exigir mais cautela dos policias, uma vez que podera ocorrer emboscadas.
O discurso dos assentados continua o mesmo desde o inicio da manhã. afirmam que ainda lutam na justiça buscando a anulação da reintegração de posse, alegando haver pessoas que de fato mereçam a terra, já que são todos taxados como fazendeiros, que segundo eles não isso não é verdade.
Segundo os assentados, estes pretendem manter o acordo feito no inicio da manhã com o comandante da operação, onde pediram um prazo e este foi dado, deixando claro que a resposta do julgamento e derrubada da reintegração deverá sair nas próximas horas. prometeram até o presente momento evitar o embate com os policiais.
As famílias estão concentradas exatamente no meio da área da fazenda e segundo o comando da operação, deverá ser a ultima parte a ser reintegrada.
O tamanho do aparato da PM utilizado nesta operação nunca foi visto na região. São cerca de 25 viaturas e mais de 100 policiais, mais 20 homens que dão suporte para remover as pertences das famílias. 02 retro escavadeiras, 5 caminhões de mudança, um helicóptero e um forte armamento não letal.
Estimativas dão conta que uma operação destas custe próximo de R$ 600 mil, e esta sendo bancada parte pelo estado(policiais, viaturas, alimentação e diárias) e parte pelo proprietário (ônibus, trabalhadores, retro escavadeira e caminhões).
A área em disputa é estimada o seu valor, em torno de R$ 150 milhões.
No inicio da noite o advogado dos assentados, Huendel Rolim, conseguiu no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), uma liminar que suspende a reintegração de posse, garantindo que pelo menos até que a mesma seja cassada os assentados permanecem no local.
O advogado alegou em seu pedido de liminar, que o juiz de Sorriso não apreciou ação impretado na ultima segunda-feira por ele, sendo que a mesma chegou em tempo hábil do mesmo analisar, onde sustentava o argumento que o juiz não teria competência de julgar o processo uma vez que deveria ser remetido a vara agrária em Cuiabá.
“Por que o processo chegou até ele em tempo hábil de suspender toda essa operação, todo esse confronto. Não houve derramamento de sangue, graças a Deus, mas essa destruição desnecessária de moradia de famílias, que construíram com o suor do seu trabalho todas essas moradias.” Disse Huendel Rolim
O pedido de liminar suspensiva foi feita hoje pela manhã(21) em Cuiabá
Fonte: Redação - MT Notícias
