A Organização Social de Saúde (OSS) Fibras vai ter as contas examinadas pela Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso. A entidade é suspeita de ter desviado R$ 5,2 milhões, que foram pagos pelo Governo do Estado para gerir os hospitais regionais de Colíder (650 km ao Norte de Cuiabá) e de Alta Floresta (803 km ao Norte).
A determinação para que seja feita uma auditoria foi dada pelo governador Silval Barbosa, em reunião, nesta quinta-feira (17), para tratar de problemas relacionados ao funcionamento das duas unidades sanitárias.
Representantes do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen/MT) participaram da reunião e denunciaram um suposto desvio dos recursos financeiros. O sindicato alegou que é evidente a falta de investimento nos hospitais, além da falta de pagamento dos profissionais, que se sentiram lesados também em seus direitos trabalhistas.
O Sinpen denunciou, por exemplo, que a contribuição do INSS foi descontada na folha de pagamento dos funcionários dos dois hospitais, mas não foi depositada. Também foi lembrado as unidades enfrentam problemas graves, como a falta de medicamentos básicos, agulhas, soro fisiológico, álcool, entre outros.
Silval alertou que, caso seja comprovado o desvio de verba, a OSS Fibras será devidamente punida. “As OSS estão submetidas aos órgãos de controle também e eu já determinei uma auditoria para que os supostos desvios sejam punidos”, afrmou.
Os profissionais que trabalham no Hospital do Colíder fizeram uma greve geral por mais de 15 dias, mantendo apenas 30% dos atendimentos. Os serviços já foram normalizados.
Segundo o governador, ele já regularizou a situação com os servidores e está fazendo o mesmo com os fornecedores, que estão com faturas em aberto. O Governo contratou o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), que terá um prazo máximo de 60 dias para sanar todas pendências causadas pela OSS Fibras.
“Nós queremos que este modelo dê certo, que os hospitais regionais virem referências em suas regiões. Acredito que em, no máximo, 60 dias, a situação vai estar regularizada. E nós também estamos equipando o Hospital de Sinop, melhorando o atendimento em toda a região, para que as pessoas não fiquem dependentes dos serviços em Cuiabá”, disse Silval.
Polêmica das OSS
As OSS foram implantadas na gestão do deputado federal Pedro Henry (PP), que ocupou o cargo de secretário estadual de Saúde por cerca de um ano.
Nesse período, as direções dos hospitais regionais foram transferidas para a administração privada, causando revolta nos servidores.
Mesmo com toda a polêmica e suspeita de desvio de verbas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) contratou, com dispensa de licitação, por R$ 42 milhões, uma OSS - Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (Hospital Santo Antônio) - para administrar o Hospital Municipal de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
Dos R$ 42.292.884,32, um total de R$ 40.292.884,32 será usado para o custeio da unidade hospitalar - outros R$ 2 milhões serão destinados a "investimentos e adequações".
A determinação para que seja feita uma auditoria foi dada pelo governador Silval Barbosa, em reunião, nesta quinta-feira (17), para tratar de problemas relacionados ao funcionamento das duas unidades sanitárias.
Representantes do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen/MT) participaram da reunião e denunciaram um suposto desvio dos recursos financeiros. O sindicato alegou que é evidente a falta de investimento nos hospitais, além da falta de pagamento dos profissionais, que se sentiram lesados também em seus direitos trabalhistas.
O Sinpen denunciou, por exemplo, que a contribuição do INSS foi descontada na folha de pagamento dos funcionários dos dois hospitais, mas não foi depositada. Também foi lembrado as unidades enfrentam problemas graves, como a falta de medicamentos básicos, agulhas, soro fisiológico, álcool, entre outros.
Silval alertou que, caso seja comprovado o desvio de verba, a OSS Fibras será devidamente punida. “As OSS estão submetidas aos órgãos de controle também e eu já determinei uma auditoria para que os supostos desvios sejam punidos”, afrmou.
Os profissionais que trabalham no Hospital do Colíder fizeram uma greve geral por mais de 15 dias, mantendo apenas 30% dos atendimentos. Os serviços já foram normalizados.
Segundo o governador, ele já regularizou a situação com os servidores e está fazendo o mesmo com os fornecedores, que estão com faturas em aberto. O Governo contratou o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS), que terá um prazo máximo de 60 dias para sanar todas pendências causadas pela OSS Fibras.
“Nós queremos que este modelo dê certo, que os hospitais regionais virem referências em suas regiões. Acredito que em, no máximo, 60 dias, a situação vai estar regularizada. E nós também estamos equipando o Hospital de Sinop, melhorando o atendimento em toda a região, para que as pessoas não fiquem dependentes dos serviços em Cuiabá”, disse Silval.
Polêmica das OSS
As OSS foram implantadas na gestão do deputado federal Pedro Henry (PP), que ocupou o cargo de secretário estadual de Saúde por cerca de um ano.
Nesse período, as direções dos hospitais regionais foram transferidas para a administração privada, causando revolta nos servidores.
Mesmo com toda a polêmica e suspeita de desvio de verbas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) contratou, com dispensa de licitação, por R$ 42 milhões, uma OSS - Fundação de Saúde Comunitária de Sinop (Hospital Santo Antônio) - para administrar o Hospital Municipal de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).
Dos R$ 42.292.884,32, um total de R$ 40.292.884,32 será usado para o custeio da unidade hospitalar - outros R$ 2 milhões serão destinados a "investimentos e adequações".