A
situação vivenciada na Câmara de Vereadores é neste momento
literalmente um caso de calamidade pública. Durante a sessão ordinária
desta manhã, os vereadores Clovito Hugueney (PTB) e Wilson Kero-Kero
(PRP) por pouco não saíram na pancadaria dentro do plenário do
Legislativo, que vive uma das mais vergonhosas crises da história desde
a emancipação política e administrativa da capital do Estado.Toda confusão começou quando o vereador Clovito subiu a tribuna para defender o presidente afastado do cargo por uma decisão judicial, João Emanuel Moreira Lima (PSD). Com seu estilo explosivo, o parlamentar petebista disse que os vereadores que possuem mais de um mandato são mais "sabidos" do que os novatos que passaram a exercer o mandato no dia 1º de janeiro deste ano.
Indignado com a observação feita pelo colega, o vereador Wilson Kero-Kero esperou Clovito descer da tribuna para tomar satisfações. "Quero que o senhor (Clovito) tenha mais respeito pelos seus colegas", disse o parlamentar do PRP, que foi um dos 16 vereadores a votar pelo afastamento de João Emanuel do cargo numa sessão feitas às escuras e sem registro de ata. Clovitto estava presidindo a sessão e deixou a Mesa para "conversar" com Kero-kero.
O legislador do PTB retrucou e disse que Kero-Kero tinha que gritar porque é "baixinho". Daí, então os dois parlamentares começaram a trocar empurrões num canto do plenário e quando iam iniciar a troca de socos foram apartados pelos vereadores João Emanuel, Mário Nadaf (PV) e Lueci Ramos (PSDB).
Ao ver de longe a confusão, o presidente em exercício, Onofre Júnior (PSB), alertou os dois vereadores para a hipótese de quebra de decoro parlamentar que pode até mesmo resultar numa cassação de mandato. A sessão segue em clima tenso no palácio Pascoal Moreira Cabral.
Fonte: O Documento
