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2014/02/12

Mulher sofre AVC e aguarda há 8 dias no corredor do PS de Cuiabá

Paciente está em uma maca no corredor do pronto-socorro da capital.
Secretaria de Saúde disse que paciente fará cirurgia nesta quarta.

Do G1 MT

Mulher mora no interior do estado e aguarda atendimento no PS (Foto: Arquivo Pessoal)Mulher mora no interior do estado e aguarda
atendimento no PS (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma mulher, de 49 anos, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), aguarda há oito dias por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) para poder realizar uma cirurgia de retirada de dois coágulos do cérebro. Dalvina Alves da Silva está em um leito extra no corredor do hospital e, segundo a filha dela, Wérica Alves da Silva, de 28 anos, a mãe já não  reconhece alguns familiares. “Ela já chegou a não me reconhecer”, desafabou.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Municipal de Saúde informou que Dalvina foi submetida a uma angiografia e, em seguida, foi solicitada à Central de Regulação a realização do procedimento de embolização aneurismática.
A filha disse que a mãe sofreu o AVC no dia 20 de janeiro, no município de Nova Xavantina, a 651 km da capital, onde a família mora. Já no dia 3 de fevereiro, ela foi encaminhada para o pronto socorro da capital e aguarda no corredor da unidade. Em busca de auxílio, a filha procurou nesta terça-feira (11) a Defensoria Pública para ingressar ação com pedido de liminar que obrigue o poder público a realizar a cirurgia que Dinalva necessita.
“Estão fazendo um documento. Vou buscar a assinatura de um juiz para fazer a cirurgia amanhã. Se não fizer, não sei mais o que fazer”, lamentou a filha. Ela conta que a mãe começou a delirar nos últimos dias e passou a não reconhecer os familiares por alguns momentos. “Ela esquece, depois eu explico e ela acaba lembrando”, relatou Wérica.
O defensor público do setor especializado nos Direitos Relativos à Saúde, Carlos Brandão, afirma que caso o poder público não cumpra a decisão, outras medidas podem ser tomadas, como o bloqueio da verba da conta do erário. “Estamos ingressando com uma ação judicial. Vamos conseguir uma liminar que determine que o poder público cumpra essa decisão e que providencie o tratamento necessário para a paciente”, pontuou. A filha explicou ainda que chegou a levantar o preço da cirurgia em hospitais particulares e o valor ficou em torno de R$ 140 mil.
De acordo com a Secretaria de Municipal de Saúde a paciente deu entrada no pronto socorro no dia 2 de fevereiro com o quadro de aneurisma cerebral e está internada na sala vermelha do hospital. Conforme a secretaria, este tipo de cirurgia não é realizada pelo HPSMC e, sim, por hospitais cadastrados. Como a regulação foi solicitada e autorizada nesta terça-feira (11), a paciente deverá passar pelo procedimento nesta quarta-feira (12) em um dos hospitais credenciados junto ao SUS.

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