A espera
da publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal Federal sobre o julgamento do
mensalão, que deve ocorrer esta semana, o deputado federal Pedro Henry (PP) de
Mato Grosso ainda tem suas despesas bancadas pelo dinheiro do contribuinte. Ao abordar a rotina
dos parlamentares “mensaleiros”, a revista Veja observa que desde a
condenação o mato-grossense não apresentou nenhuma proposta de lei, não
relatou matérias relevantes e, tampouco se arriscou a fazer um discurso em
plenário. Henry foi condenado a sete anos e dois meses de prisão.
Embora tenham optado por submergir, a presença dos mensaleiros nos gabinetes da Câmara acarretaram, de acordo com a publicação, gastos de quase 2 milhões de reais aos cofres das Casa. Até o mês de março, apenas a gestão dos gabinetes desses deputados movimentou 1,17 milhão de reais. Com contratação de consultorias, pagamento de gasolina e selos postais, foram desembolsados outros 797 717 reais. Além de Henry, são citados José Genoíno e João Paulo Cunha, ambos do PT; e Waldemar da Costa Neto, do PR-SP.
Com a publicação do acordão pelo STF, abre-se o prazo de cinco dias para a apresentação de recursos, ainda que a maior parte dos apelos finais dos condenados seja apenas protocolar. Na prática, o acórdão é o prenúncio de que o cumprimento das sentenças se aproxima - para muitos mensaleiros, a hora de enfrentar a prisão.
Escanteado nas últimas eleições municipais, Henry perdeu um pouco da influência no sudoeste do Mato Grosso, sua base política, relata a revista. Mas o parlamentar continua nomeando aliados sem dificuldade no Executivo local. Porém, de acordo com a Veja, ele atua sem contratempos na Secretaria estadual de Saúde, onde indicou os dois últimos secretários – o que demonstra que tem força junto ao Governo.
Para manter sua influência sobre os políticos mato-grossenses, acrescenta a revista, Henry já trabalha para eleger no próximo ano o ex-deputado Neri Geller, que atuará em Brasília como preposto do mensaleiro. Para dar continuidade à sua atuação na área da saúde, Pedro Henry prepara ainda a inauguração de um hospital particular em Florianópolis, especializado em cirurgias bariátricas. O irmão dele, o ex-prefeito de Cáceres Ricardo Henry, deverá administrar formalmente a instituição. Ricardo foi cassado após se eleger para o segundo mandato de prefeito de Cáceres, principal base eleitoral dos Henry. Ele foi acusado de cometer crime eleitoral, com prática de abuso de poder econômico.
A “folha corrida” de Pedro Henryu é poderosa. Frequentador assíduo dos escândalos políticos, o ex-líder do PP no governo Lula, Henry angariou, com a ajuda de outros três deputados, 4 milhões de reais para as contas da legenda - tudo pelo caixa dois e por meio do valerioduto. Safou-se da cassação na Câmara dos Deputados e reelegeu-se nas duas eleições seguintes. E não parou de acrescentar escândalos a sua ficha. Foi também acusado de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias operado pela Máfia das Sanguessugas. Respondeu a dois processos no Conselho de Ética da Câmara, em 2005, por causa das acusações de Roberto Jefferson e, em 2006, pelo esquema das sanguessugas. Foi absolvido nas duas ocasiões.
Entre fevereiro e novembro de 2011, licenciou-se do cargo para assumir a Secretaria de Saúde do Mato Grosso. Desde julho de 2011, Pedro Henry está sob investigação do Supremo por crime eleitoral e é réu por improbidade administrativa no caso das sanguessugas. No julgamento do mensalão no STF, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Contudo, o deputado foi inocentado do crime de formação de quadrilha.
“No dia a dia da Câmara, Pedro Henry é discreto e não discursa em plenário desde 2009. Também não apresentou nenhum projeto de lei desde 2011. Para evitar o constrangimento de ser cobrado por seus atos, aparece publicamente nas votações apenas para registrar presença ou formalizar o voto. No intervalo entre o início da sessão e o momento de abertura das urnas para votação, prefere ficar recluso em seu gabinete” – destaca a revista Veja.
Fonte: 24 Horas News
Embora tenham optado por submergir, a presença dos mensaleiros nos gabinetes da Câmara acarretaram, de acordo com a publicação, gastos de quase 2 milhões de reais aos cofres das Casa. Até o mês de março, apenas a gestão dos gabinetes desses deputados movimentou 1,17 milhão de reais. Com contratação de consultorias, pagamento de gasolina e selos postais, foram desembolsados outros 797 717 reais. Além de Henry, são citados José Genoíno e João Paulo Cunha, ambos do PT; e Waldemar da Costa Neto, do PR-SP.
Com a publicação do acordão pelo STF, abre-se o prazo de cinco dias para a apresentação de recursos, ainda que a maior parte dos apelos finais dos condenados seja apenas protocolar. Na prática, o acórdão é o prenúncio de que o cumprimento das sentenças se aproxima - para muitos mensaleiros, a hora de enfrentar a prisão.
Escanteado nas últimas eleições municipais, Henry perdeu um pouco da influência no sudoeste do Mato Grosso, sua base política, relata a revista. Mas o parlamentar continua nomeando aliados sem dificuldade no Executivo local. Porém, de acordo com a Veja, ele atua sem contratempos na Secretaria estadual de Saúde, onde indicou os dois últimos secretários – o que demonstra que tem força junto ao Governo.
Para manter sua influência sobre os políticos mato-grossenses, acrescenta a revista, Henry já trabalha para eleger no próximo ano o ex-deputado Neri Geller, que atuará em Brasília como preposto do mensaleiro. Para dar continuidade à sua atuação na área da saúde, Pedro Henry prepara ainda a inauguração de um hospital particular em Florianópolis, especializado em cirurgias bariátricas. O irmão dele, o ex-prefeito de Cáceres Ricardo Henry, deverá administrar formalmente a instituição. Ricardo foi cassado após se eleger para o segundo mandato de prefeito de Cáceres, principal base eleitoral dos Henry. Ele foi acusado de cometer crime eleitoral, com prática de abuso de poder econômico.
A “folha corrida” de Pedro Henryu é poderosa. Frequentador assíduo dos escândalos políticos, o ex-líder do PP no governo Lula, Henry angariou, com a ajuda de outros três deputados, 4 milhões de reais para as contas da legenda - tudo pelo caixa dois e por meio do valerioduto. Safou-se da cassação na Câmara dos Deputados e reelegeu-se nas duas eleições seguintes. E não parou de acrescentar escândalos a sua ficha. Foi também acusado de envolvimento no esquema de compra superfaturada de ambulâncias operado pela Máfia das Sanguessugas. Respondeu a dois processos no Conselho de Ética da Câmara, em 2005, por causa das acusações de Roberto Jefferson e, em 2006, pelo esquema das sanguessugas. Foi absolvido nas duas ocasiões.
Entre fevereiro e novembro de 2011, licenciou-se do cargo para assumir a Secretaria de Saúde do Mato Grosso. Desde julho de 2011, Pedro Henry está sob investigação do Supremo por crime eleitoral e é réu por improbidade administrativa no caso das sanguessugas. No julgamento do mensalão no STF, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Contudo, o deputado foi inocentado do crime de formação de quadrilha.
“No dia a dia da Câmara, Pedro Henry é discreto e não discursa em plenário desde 2009. Também não apresentou nenhum projeto de lei desde 2011. Para evitar o constrangimento de ser cobrado por seus atos, aparece publicamente nas votações apenas para registrar presença ou formalizar o voto. No intervalo entre o início da sessão e o momento de abertura das urnas para votação, prefere ficar recluso em seu gabinete” – destaca a revista Veja.
Fonte: 24 Horas News