O
município de Luciara (1.180 km de Cuiabá) vem enfrentando problemas
cada vez maiores com os conflitos entre fazendeiros e retireiros. Duas
casas já foram queimadas, uma nesse último domingo (22) e outra na
última quarta-feira (18), que pertencia ao presidente da Associação dos
Retireiros do Araguaia,
Rubem Taverny Sales. As entradas da cidade estão bloqueadas desde a última quinta-feira (18) por produtores rurais da região. "A cidade está fechada nos dois sentidos. Ninguém entra e ninguém sai. Queimaram a minha casa e tentaram queimar o meu carro", disse o presidente da Associação do Retireiros Rubem Taverny Sales ao G1.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
sitiantes defendem a criação de uma reserva florestal e proprietários de terras temem ser expulsos do local.
Além das casas queimadas, pesquisadores e um grupo de alunos de mestrado em geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também foram expulsos da cidade pelos grandes proprietários de terras, que estariam com medo de que fizessem uma consulta pública para transformar a área em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
Conforme o professor Cornélio Silvano Vilarinho Neto, que coordenava o grupo, o ônibus em que estavam foi barrado duas vezes na estrada e foram obrigados a voltar para Cuiabá
"Eles avançaram no ônibus, andamos um pouco e, depois que paramos, conversei com eles, disse que iríamos para São Félix do Araguaia e eles disseram que tínhamos que voltar para Cuiabá, se não iriam atear fogo no ônibus. Fomos parados duas vezes e monitorados até que chegássemos em Alto Boa Vista, por homens que estavam em uma caminhonete. Notamos que eles não estavam brincando com a gente", relatou ao G1
O representante do ICMBio em Mato Grosso, Fernando Francisco Xavier, disse que pediu ao governo do estado reforço policial, bem como que solicite intervenção da Força Nacional de Segurança na região.
Fernando Xavier explicou que existe um grupo de moradores que participou da colonização de Luciara e que, desde o início desse processo, criam gado em áreas inundadas no Araguaia.
Na avaliação do representa do ICMbio, houve equívoco por parte dos fazendeiros, já que nem o pesquisador, nem o grupo da UFMT, iriam realizar consulta pública. "Tem algumas pessoas, com interesses contrários, disseminando informações erradas de que esses fazendeiros seriam retirados da área. O processo ainda não está pronto, mas precisamos aprofundar esse debate.”
Rubem Taverny Sales. As entradas da cidade estão bloqueadas desde a última quinta-feira (18) por produtores rurais da região. "A cidade está fechada nos dois sentidos. Ninguém entra e ninguém sai. Queimaram a minha casa e tentaram queimar o meu carro", disse o presidente da Associação do Retireiros Rubem Taverny Sales ao G1.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
sitiantes defendem a criação de uma reserva florestal e proprietários de terras temem ser expulsos do local.
Além das casas queimadas, pesquisadores e um grupo de alunos de mestrado em geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também foram expulsos da cidade pelos grandes proprietários de terras, que estariam com medo de que fizessem uma consulta pública para transformar a área em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
Conforme o professor Cornélio Silvano Vilarinho Neto, que coordenava o grupo, o ônibus em que estavam foi barrado duas vezes na estrada e foram obrigados a voltar para Cuiabá
"Eles avançaram no ônibus, andamos um pouco e, depois que paramos, conversei com eles, disse que iríamos para São Félix do Araguaia e eles disseram que tínhamos que voltar para Cuiabá, se não iriam atear fogo no ônibus. Fomos parados duas vezes e monitorados até que chegássemos em Alto Boa Vista, por homens que estavam em uma caminhonete. Notamos que eles não estavam brincando com a gente", relatou ao G1
O representante do ICMBio em Mato Grosso, Fernando Francisco Xavier, disse que pediu ao governo do estado reforço policial, bem como que solicite intervenção da Força Nacional de Segurança na região.
Fernando Xavier explicou que existe um grupo de moradores que participou da colonização de Luciara e que, desde o início desse processo, criam gado em áreas inundadas no Araguaia.
Na avaliação do representa do ICMbio, houve equívoco por parte dos fazendeiros, já que nem o pesquisador, nem o grupo da UFMT, iriam realizar consulta pública. "Tem algumas pessoas, com interesses contrários, disseminando informações erradas de que esses fazendeiros seriam retirados da área. O processo ainda não está pronto, mas precisamos aprofundar esse debate.”