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2014/04/10

Mais de 1,2 mil estão sem aula em MT por falta de combustível em ônibus

Estudantes moram da zona rural de Cáceres, região d Pantanal.
Prefeitura diz que problema se deve à apreensão de computador pela PF.

Do G1 MT


Mais de 1,2 mil alunos da rede pública de ensino da zona rural do município de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, devem ficar sem aula a partir desta quinta-feira (10) por falta de combustível nos ônibus que realizam o transporte escolar na região. As escolas estão localizadas nos distritos de Sapiquá, Caramujo, Limão, Horizonte D´Oeste e duas unidades na Vila Sadia.

Segundo a prefeitura do município, o problema da falta de combustível se deve à apreensão do computador central administrativo pela Polícia Federal (PF), durante cumprimento de mandado de busca e apreensão durante a Operação “Fidare”, deflagrada no dia 1º deste mês contra desvios de recursos dos cofres públicos. As operações administrativas, de acordo com a prefeitura, como processos de empenho e pagamentos para o abastecimento dos veículos, ficaram impossibilitadas após a apreensão.
A Secretaria de Educação do município informou que a frota conta com 68 ônibus escolar e 30 deles estão parados. Contudo, as aulas em outras escolas da zona rural do município continuam normalmente, uma vez que são atendidas por empresas terceirizadas. Ainda segundo a prefeitura, as aulas só poderão ser retomadas após a realização de perícia e devolução do computador.
Entretanto, o retorno do equipamento já estaria garantido por decisão judicial, desde que a polícia se certifique de que a cópia do conteúdo do servidor seja tecnicamente viável, e que a restituição não cause prejuízo na perícia dos dados.
Operação Fidare
A Polícia Federal deflagrou na semana passada uma operação em Cáceres contra desvio de recursos públicos destinados à área da saúde. Foram cumpridos diversos mandados de prisão preventiva, prisão temporária, condução coercitiva e de busca e apreensão no município, em Cuiabá, Sinop e em Goiás. Entre os conduzidos coercitivamente pelos agentes estava o ex-prefeito de Cáceres, Túlio Fontes.
O Ministério Público Federal (MPF) revelou que R$ 1,5 milhão foi subtraído dos cofres públicos municipais de Cáceres entre os anos de 2011 e 2013 para a compra de medicamentos que jamais entraram nos estoques dos postos de saúde da cidade

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