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2014/03/20

Quadrilha de MT é suspeita de furtar R$ 3 milhões em cabeças de gado

Grupo é suspeito de duplo assassinato e furtos em fazendas no estado.
Mais de R$ 20 mil, armas e documentos também foram apreendidos.

Do G1 MT
Armas apreendidas pela polícia civil em MT (Foto: Assessoria de Comunicação Social/PJC)
Armas, munições e celulares foram apreendidos.
(Foto: Assessoria de Comunicação Social/PJC)
Oito homens suspeitos de integrar uma quadrilha suspeita de furtar cerca de 2.500 cabeças de gado e de ter assassinado um casal foram presos nesta quinta-feira (20) durante uma operação da Polícia Civil que ocorreu em cinco municípios do Norte de Mato Grosso. Um total de R$ 20.712 em dinheiro, armas, documentos e celulares também foram apreendidos. As prisões ocorreram nos municípios de Itaúba, Nova Santa Helena, Terra Nova do Norte, Nova Guarita e Sinop. As cabeças de gado estão avaliadas em cerca de R$ 3 milhões.
Em entrevista ao G1, o delegado responsável pelo caso, Pablo Borges Rigo, informou que as investigações foram iniciadas após o caso de homicídio de um casal de 48 e 63 anos em Terra Nova do Norte, no dia 13 de fevereiro deste ano. As vítimas foram assassinada a tiros em uma chácara, próximo à rodovia BR-163. “A polícia constatou que o casal estaria dando cobertura à quadrilha que furtava e receptava gado na região. O crime teria ocorrido para ocultar a existência da própria organização”, relatou o delegado, que responde pelo município de Itaúba.
De acordo com a polícia, ao menos 10 casos de furtos de gado haviam sido registrados na região desde o segundo semestre do ano passado. “Acreditamos que esse número de 2.500 cabeças de gado pode ser ainda maior. Esses furtos correspondem a aproximadamente R$ 3 milhões”, enfatizou Rigo. Os policiais apreenderam ao total cinco espingardas, uma carabina calibre 44, três revólveres, sendo um deles de uso restrito, documentos, munições e vários telefones celulares, além da quantia em dinheiro.

Um dos presos é proprietário de um hotel em Itaúba. Além do mandado de prisão, ele também foi autuado em flagrante com uma espingarda e vários cartuchos deflagrados. No hotel, a polícia encontrou celulares, sendo que 12 estavam dentro das caixas, documentos e um revólver calibre 38, que estava com o guarda do estabelecimento.
Conforme a polícia, o empresário também seria dono de um bar localizado próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No local, ele manteria vigilância das ações policiais e informava a quadrilha sobre os melhores horários para que os caminhões com gado atravessassem a região.
Segundo as investigações, a quadrilha receberia ainda apoio de funcionários do Instituto de Defesa de Agropecuária de Mato Grosso (Indea) do município de Nova Guarita. A suspeita da polícia é de que eles legalizavam os animais por meio de fichas falsas de registro criadas dentro do órgão, o que tornava o gado regular. Dessa forma, eram emitidas as Guias de Transporte Animal (GTA). Na tarde desta quinta, a polícia requisitou documentos de fiscalização emitidos pelo Indea de Nova Guarita. Ao G1, o instituto informou que deverá investigar o caso.
Ainda de acordo com o delegado, outras três pessoas estão com mandados de prisão em aberto, suspeitas de também participar da quadrilha. “Já possuímos pistas de onde eles possam estar, e estamos realizando buscas na região”, esclareceu Rigo.
A operação recebeu apoio das delegacias regionais de Sinop e Alta Floresta. Os suspeitos presos devem responder pelos crimes de furto, homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, falsificação de documentos, sonegação fiscal e receptação.


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