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2014/03/05

Sobe para 9 o número de prefeituras em MT em situação de emergência

Cidades de Itaúba, Barra do Bugres e Nova Guarita contabilizam prejuízos.
Pontes cederam, crianças ficaram sem aula e estradas estão alagadas.

Carolina Holland Do G1 MT
 
 
Cheia do Rio Paraguai já deixou famílias desabrigadas em Barra do Bugres, cidade a 169 km de Cuiabá. (Foto: Reprodução / TVCA)Cheia do Rio Paraguai deixa famílias desabrigadas
em Barra do Bugres. (Foto: Reprodução / TVCA)
Mais três prefeituras de Mato Grosso decretaram situação de emergência por conta das consequências das chuvas que castigaram parte do estado nas últimas semanas. Os municípios são Itaúba, Barra do Bugres e Nova Guarita. Os dados são da Defesa Civil estadual. Também estão na mesma condição Nova Maringá, Confresa, Terra Nova do Norte, Pontal do Araguaia, Santa Cruz do Xingu e Santa Terezinha.
“Essa situação é decretada quando os municípios não têm mais condição de dar resposta à população. São situações de anormalidade. Nesses casos, terão que ser reconstruídas pontes, estradas e outros problemas deverão ser resolvidos”, disse o coronel Sérgio Delamônica, responsável pela Defesa Civil do estado.
A solicitação de situação de emergência é feita por meio da internet, através do sistema integrado de informação de desastre, e encaminhado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Caso o município necessite de ajuda do governo estadual ou um órgão federal, o gestor solicita a homologação da decretação ao governo do estado. “De posse do documento, a Defesa Civil Nacional reconhece ou não a situação de emergência. Depois de decretado, o gestor municipal tem 10 dias para apresentar o plano de trabalho. Quando há o reconhecimento de situação de emergência, o gestor tem 180 dias para realizar o investimento no município e mais 180 dias para a prestação de contas”, disse Delamônica.

Em Nova Guarita, a 667 km de Cuiabá, pontes de madeira cederam e estradas de chão estão intransitáveis, o que isolou centenas de famílias de um assentamento e prejudicou escolas da região. Os prejuízos estimados, conforme o decreto, passam dos R$ 5 milhões. As informações são da gerente de Obras e Engenharia da Secretaria de Obras do município, Ediane Pereira de Souza.
Estradas estão intransitáveis em Barra do Bugres (Foto: Prefeitura de Barra do Bugres-MT) “Entre pontes que caíram e aquelas que suportam no máximo 10 toneladas, contabilizamos aproximadamente 10”, disse. A MT-208, estrada que não é pavimentada, está alagada no sentido Nova Guarita - Alta Floresta. “Quem está vindo de lá para cá consegue trafegar. No sentido contrário, não”, afirmou Ediane.
Estradas estão intransitáveis na região de Barra do
Bugres (Foto: Prefeitura de Barra do Bugres-MT)
A MT-140, estrada sem pavimentação, também está alagada. “Nessa região tem um assentamento com mais ou menos 200 famílias que estão praticamente isoladas. E mais de 200 crianças da zona rural não conseguem chegar até as escolas, por isso as aulas em algumas delas foram suspensas”, informou Ediane.
A prefeitura também contabiliza prejuízos para os produtores de grãos, em especial soja. “Tivemos uma evolução no plantio, mas agora não dá para transportar por causa das estradas. Os grãos estão estocados e estragando”, disse a gerente.
Rio Paraguai
No município de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, as chuvas prejudicaram 18 pontos em seis estradas vicinais, causando prejuízo de cerca de R$ 2 milhões, segundo o secretário de Planejamento Rogenir Favetti. Ele disse também houve danos em trechos de rodovias estaduais. “Onde tinha rio perto, o asfalto afundou”, afirmou.
O nível do rio Paraguai, que passa pelo município, está em 6,08m, segundo a Defesa Civil de Mato Grosso. A cota de alerta é de 4,50m. Favetti informou ainda que algumas escolas em comunidades rurais suspenderam as aulas por problemas de acessibilidade dos alunos, e que duas pontes localizadas em estradas de terra da região foram danificadas, o que impediu a passagem de veículos.
A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil de Itaúba, a 599 km da capital, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

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