Pais de alunos estão revoltados com o tratamento dado às crianças no Centro da Juventude do bairro Cidade Aracy, em São Carlos
(SP). Segundo a denúncia do ex-chefe da Divisão de Infância e
Juventude, Leandro Amaral, as crianças passaram horas de castigo sem
poder beber água ou ir ao banheiro. Vídeos publicados em uma rede social
mostram as punições e também os alagamentos causados pela chuva no
local. A Prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar os
fatos.
Os vídeos que circulam pela internet foram feitos por Amaral entre maio e dezembro do ano passado. As imagens mostram crianças sentadas em bancos do Centro, que recebe os alunos provisoriamente desde que da escola do Jardim Zavaglia foi demolida.
Um aluno de 6 anos disse que não podia sair do castigo. “Sem beber água e sem comer. Fiquei três horas, porque não fiz a lição de casa”, afirmou.
Um outro estudante de 9 anos contou que não adiantava nem reclamar. “Falavam que era para fazer na calça. Se tivesse muito apertado, que fizesse lá mesmo”, disse.
Em outro trecho do vídeo, é possível ver alagamento na saída da aula, outra situação que revolta os pais. Segundo eles, os professores sabem do problema e até orientam. “Os professores mesmo avisavam que, quando estava formando tempo de chuva, não era para levar para a escola, porque ia chover e não ia ter onde as crianças ficarem”, afirmou uma mãe que preferiu não se identificar.
Outra mãe afirmou que, por tomar chuva na escola, o filho voltou doente para casa. “Uma vez ele tomou muita chuva, ninguém me ligou e ele acabou ficando até o final da aula. Ele ficou doente, adoeceu nesse dia”, disse.
Denúncia sem retorno
O ex-chefe da Divisão de Infância e Juventude disse que divulgou o vídeo depois de ter feito a denúncia para a Prefeitura. “No dia 7 de novembro foi marcada uma reunião com o prefeito e eu levei tudo para ele. Não só o caso das crianças, como a infraestrutura, o alagamento que eu presencie três vezes. Se passaram dois meses e foi um tempo bom para tomarem uma atitude ou darem uma resposta, mas não foi feito nada disso”, explicou.
O caso chegou até o Conselho Tutelar, que agora vai apurar a denúncia. Os conselheiros vão avaliar as imagens para dizer se houve violação dos direitos das crianças. A suspensão de aulas por causa das chuvas também será analisada. “Nós vamos encaminhar ofício ao Ministério Público, à Secretaria Municipal de Educação, à Secretaria Municipal da Infância e Juventude e ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, para que sejam feitas reuniões e investigações a respeito do caso”, disse o conselheiro tutelar Marcos da Fonseca.
Em nota, a Prefeitura informou que abriu sindicância para apurar os castigos, mas que tem confiança nos profissionais da educação.
G1 São Carlos e Araraquara
Os vídeos que circulam pela internet foram feitos por Amaral entre maio e dezembro do ano passado. As imagens mostram crianças sentadas em bancos do Centro, que recebe os alunos provisoriamente desde que da escola do Jardim Zavaglia foi demolida.
Reprodução/EPTV)
Sem água e sem banheiroUm aluno de 6 anos disse que não podia sair do castigo. “Sem beber água e sem comer. Fiquei três horas, porque não fiz a lição de casa”, afirmou.
Um outro estudante de 9 anos contou que não adiantava nem reclamar. “Falavam que era para fazer na calça. Se tivesse muito apertado, que fizesse lá mesmo”, disse.
Em outro trecho do vídeo, é possível ver alagamento na saída da aula, outra situação que revolta os pais. Segundo eles, os professores sabem do problema e até orientam. “Os professores mesmo avisavam que, quando estava formando tempo de chuva, não era para levar para a escola, porque ia chover e não ia ter onde as crianças ficarem”, afirmou uma mãe que preferiu não se identificar.
Outra mãe afirmou que, por tomar chuva na escola, o filho voltou doente para casa. “Uma vez ele tomou muita chuva, ninguém me ligou e ele acabou ficando até o final da aula. Ele ficou doente, adoeceu nesse dia”, disse.
Denúncia sem retorno
O ex-chefe da Divisão de Infância e Juventude disse que divulgou o vídeo depois de ter feito a denúncia para a Prefeitura. “No dia 7 de novembro foi marcada uma reunião com o prefeito e eu levei tudo para ele. Não só o caso das crianças, como a infraestrutura, o alagamento que eu presencie três vezes. Se passaram dois meses e foi um tempo bom para tomarem uma atitude ou darem uma resposta, mas não foi feito nada disso”, explicou.
O caso chegou até o Conselho Tutelar, que agora vai apurar a denúncia. Os conselheiros vão avaliar as imagens para dizer se houve violação dos direitos das crianças. A suspensão de aulas por causa das chuvas também será analisada. “Nós vamos encaminhar ofício ao Ministério Público, à Secretaria Municipal de Educação, à Secretaria Municipal da Infância e Juventude e ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, para que sejam feitas reuniões e investigações a respeito do caso”, disse o conselheiro tutelar Marcos da Fonseca.
Em nota, a Prefeitura informou que abriu sindicância para apurar os castigos, mas que tem confiança nos profissionais da educação.
G1 São Carlos e Araraquara