Ex Moradores do Posto da Mata que conheciam o irmão Antônio, contam que ele desenvolveu um quadro Mais um morador da antiga Suiá Missu morreu nesta manhã de quinta-feira, (10), o irmão Antônio, 68 anos, como era mais conhecido não suportou a tristeza que vinha passando nos últimos dias e acabou morrendo infartado.
Conforme informou um amigo de Antônio, ao Agência da Notícia o idoso que era uma pessoa extrovertida quase não conversava mais com os amigos e pouco saía de casa, ele estaria vivendo uma depressão profunda que teria começado após perde suas terras para os índios.
O último pedido feito por Antônio foi para que o filho não desistisse de lutar pelas terras que o idoso tinha a mais de 20 anos, pouco mais de 14 alqueires perdidos no fim do ano de 2012, após a justiça reconhecer os 165 mil hectares de terra dentro da Suiá Missú como Reserva Indígena Xavante.
O corpo do aposentado está a cuidados de uma funerária de Alto Boa Vista onde Antônio morava depois de ser expulso de sua terra. Irmão Antonio também foi um dos ex-moradores que voltaram ao Posto da Mata para pressionar o Governo em lhes devolverem as terras ou pagar indenização, mas ele junto com as mais de 300 pessoas que estavam na região da Suiá Missú foram novamente expulsos da área por Policiais. O Clima em Alto Boa Vista, onde ele estava residindo atualmente, é de tristeza e revolta. “É revoltante ver um homem como irmão Antônio, chegar aos 70 anos, ter perdido 20 alqueires de terra e morrer como um derrotado, e abandonado pelo Governo Federal. A família Suiá Missú está de luto, tudo isso é muito triste e revoltante”, contou o Vereador de Alto Boa Vista Nivaldo Oliveira ao Agência da Notícia.
Conforme o Agência da Notícia havia noticiado em outubro do ano passado, a Aprosum Associação dos Produtores da Suiá Missú, estima que vinte e cinco pessoas tenham morrido em decorrência da depressão, oito por suicídio, 14 por infarto e outras duas por causas ainda desconhecidas, todos ex-moradores do extinto distrito do Posto da Mata.
Mas uma nova esperança surge nos produtores, hoje sem terra, o supremo reconheceu a legitimidade da portaria 303, que delimita o aumento de reservas indígenas, caso que aconteceu na Suia, uma reserva já existente, teve sua área estendida abrangendo a região onde as seis mil pessoas viviam.de depressão profunda após perder os 14 alqueires de terra
Agência da Notícia com Redação