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2014/03/27

Força Nacional de Segurança ameaça derrubar galpão onde famílias de Suiá Missú abrigadas

De Brasília - Vinícius Tavares
Foto: José Medeiros / Fotos da Terra
Polícia tenta desocupar definitivamente a gleba no Araguiaia
Polícia tenta desocupar definitivamente a gleba no Araguiaia

Cerca de 400 famílias da antiga gleba Suiá Missú estão em confronto nesta quinta-feira (27) com forças policiais que tentam fazer a desocupação definitiva da área transformada em terra indígena Maraiwatsede, no Norte Araguaia.
Um grupo de pequenos agricultores está refugiado em um galpão em Alto Boa Vista. Mas a polícia ameaça derrubar a edificação se os manifestantes não desocuparem imediatamente o local. Uma igreja e um posto de gasolina já foram demolidos pela polícia.

A operação reúne efetivos da Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal em cumprimento a decisão judicial da vara federal de Cuiabá. Segundo relatos ouvidos pela reportagem, a polícia fechou as entradas e saídas da cidade e um clima de medo e revolta tomou conta do local.



De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Suiá Missú, Sebastião Prado, a entidade entrou com um mandado de segurança na justiça federal para evitar a retirada das famílias. No entanto, segundo Prado, a justiça federal não julgou o pedido.

O representante das famílias diz que o grupo não aceita a área que o Incra ofereceu em São Felix do Araguaia. Segundo ele, trata-se de um brejo que não tem nenhuma condição de infraestrutura para os agricultores recomeçarem suas vidas.

“Essas famílias não tem dinheiro, não têm equipamentos, não têm casas. Infelizmente essa instabilidade é causada pelo próprio governo. O Incra que é um órgão de fomento, está piorando a situação. Estão criando bolsões de miséria”, lamentou.

Sebastião Prado disse que não apoia o descumprimento de decisão judicial mas aponta o descaso do Incra como a principal razão do confronto.

“Nos retiraram de uma terra que valia 20 mil reais o hectare para nos colocar em uma área que vale dois mil o hectare. Lá em um brejo, não somos sapos. Não apoio a permanência das famílias na manifestação e o descumprimento de decisão judicial, mas como presidente da associação não abandonar estas famílias”, frisou.

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