Fotos mostram o momento em que o cinegrafista é atingido por bomba.
Confronto começou no horário de volta para casa de quem trabalha no Centro.
Um cinegrafista da Band foi ferido na cabeça durante uma manifestação
na Central do Brasil, nesta quinta-feira (6), contra o aumento da tarifa
de ônibus. Ele foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no
Centro, onde passou por uma cirurgia. O estado de saúde dele é
considerado grave. Ele teria sido atingido por estilhaços de uma bomba,
mas até as 22h30 não havia confirmação de quem atirou o explosivo. O
caso foi registrado na 5ª DP (Gomes Freire).
O protesto que começou pacífico na Candelária teve confusão ao chegar à Central do Brasil. A dois dias de entrar em vigor a nova tarifa dos ônibus municipais no Rio, de R$ 3, centenas de pessoas se reuniram para o ato contra o aumento das tarifas. Policiais e manifestantes entraram em confronto, e muitas bombas de gás lacrimogêneo e pedras foram lançadas, em clima de muita tensão.
O confronto teve início no horário de volta para a casa de quem trabalha no Centro, com a Central do Brasil lotada. Houve muita correria. Até jornalistas que realizavam a cobertura do protesto foram agredidos. Passageiros reclamaram da truculência da Polícia Militar.
O Metrô Rio informou que, devido à manifestação, os acessos Campo de Santana e Ministério do Exército da Estação Central foram fechados às 19h30. A SuperVia também fechou acessos da estação Central do Brasil.
O encontro teve início na Candelária, de onde os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Presidente Vargas. A interdição da via teve início às 18h20, nas pistas lateral e central no sentido Zona Norte, e causou reflexos em várias vias do Centro.
Dezenas de jovens mascarados e trajando roupas pretas lideravam a
caminhada na pista lateral. Policiais militares acompanhavam o cortejo
de cada lado da avenida. Ao final da multidão uma banda animava os
passantes. O principal grito entoado no início da manifestação ao som da
percussão e dos metais era o de "não vai ter Copa e nem aumento". Os
cartazes erguidos pelos manifestantes criticavam, além do aumento na
tarifa, a Prefeitura e, principalmente, a Fetranspor.
Tarifa zero
Mais do que protestar contra o aumento do valor das passagens, os manifestantes dizem lutar pela tarifa zero no transporte público da cidade. Eles denunciam precárias condições de ônibus, metrô, trens e barcas. Além disso, reclamam da falta de investimento do poder publico em obras de mobilidade, o que torna lento o deslocamento de casa para o trabalho.
O discurso dos ativistas procura também denunciar suposto favorecimento das concessionárias que operam o sistema de transporte, alegando ser obscura a relação das empresas com a máquina estatal e que seria obrigação do Estado gerir e subsidiar o transporte público.
No dia 30 de janeiro, outra manifestação contra o aumento das passagens promoveu um pulo coletivo de catracas da Central do Brasil. Centenas de passageiros acabaram também passando pelas roletas sem pagar, estimulados pelos ativistas.
O valor da passagem de ônibus vai aumentar 9,09%, como divulgado no dia 29. O anúncio foi feito um dia após o Tribunal de Contas do Município (TCM) votar o relatório sobre o serviço prestado pelas empresas de ônibus no Rio. O TCM informou que não tem competência para decidir se pode ou não haver reajuste no preço das passagens de ônibus e deixou a cargo da Prefeitura a decisão sobre o reajuste.
O decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes que estabelece o reajuste da tarifa determina uma série de adequações que deverão ser tomadas pela Secretaria Municipal de Transportes para fiscalizar o Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus (SPPO). Entre as principais obrigações está a contratação de empresa de auditoria para fiscalizar as revisões tarifárias. O documento estabelece ainda, entre outras medidas, que a secretaria exija dos consórcios a adequação dos terminais de passageiros no prazo de até 180 dias e elabore, no prazo de 30 dias, plano determinando que, até 31 de dezembro de 2016, todos os ônibus sejam equipados com ar-condicionado.
Na mesma semana do anúncio do aumento nos ônibus, o governador Sérgio Cabral anunciou, na sexta-feira (31), que serão mantidos os valores atuais das tarifas de trens (R$ 2,90), barcas (R$ 3,10) e metrô (R$ 3,20).
Assim que foi anunciado o aumento, ativistas começaram a mobilizar manifestantes nas redes sociais para o ato de protesto desta quinta. "Se a passagem aumentar, o Rio vai parar", informa o cartaz publicado no Facebook.
Desde dezembro, quando Paes sinalizou que haveria aumento em 2014, manifestantes foram às ruas para dizer que não aceitariam qualquer aumento. Na noite de 18 de janeiro, um grupo interditou a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Em seguida, o protesto continuou na Central do Brasil, onde alguns ativistas também chegaram a pular as catracas.
'Recuo após pressão popular'
Em 1º de junho do ano passado a tarifa dos ônibus do Rio aumentou de R$ 2,75 para R$ 2,95. Após mobilização em outras capitais por causa do aumento da passagem, houve protestos também no Rio e o reajuste de R$ 0,20 acabou suspenso pelo prefeito Eduardo Paes 18 dias depois.
No Rio, foram cinco grandes protestos em repúdio ao reajuste. Na primeira manifestação, cerca de 2 mil pessoas se reuniram no Centro do Rio. O ato, que começou pacífico, terminou em confronto com policiais militares. Um grupo mais radical ateou fogo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Os atos contra reajuste das tarifas do transporte público nas capitais começou em São Paulo. A situação influenciou manifestações no Rio e em outras capitais do país, que também acabaram recuando no reajuste das passagens. Ao anunciar que a tarifa no Rio voltaria a R$ 2,75, Paes disse que a decisão foi tomada em conjunto com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. À época, o prefeito do Rio disse que a conversa entre os dois já vinha acontecendo havia algum tempo.
O protesto que começou pacífico na Candelária teve confusão ao chegar à Central do Brasil. A dois dias de entrar em vigor a nova tarifa dos ônibus municipais no Rio, de R$ 3, centenas de pessoas se reuniram para o ato contra o aumento das tarifas. Policiais e manifestantes entraram em confronto, e muitas bombas de gás lacrimogêneo e pedras foram lançadas, em clima de muita tensão.
O confronto teve início no horário de volta para a casa de quem trabalha no Centro, com a Central do Brasil lotada. Houve muita correria. Até jornalistas que realizavam a cobertura do protesto foram agredidos. Passageiros reclamaram da truculência da Polícia Militar.
Manifestantes
e policiais se enfrentam em estação do metrô do Rio após protesto
contra aumento na tarifa (Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)
Estações fechadasO Metrô Rio informou que, devido à manifestação, os acessos Campo de Santana e Ministério do Exército da Estação Central foram fechados às 19h30. A SuperVia também fechou acessos da estação Central do Brasil.
O encontro teve início na Candelária, de onde os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Presidente Vargas. A interdição da via teve início às 18h20, nas pistas lateral e central no sentido Zona Norte, e causou reflexos em várias vias do Centro.
Tarifa zero
Mais do que protestar contra o aumento do valor das passagens, os manifestantes dizem lutar pela tarifa zero no transporte público da cidade. Eles denunciam precárias condições de ônibus, metrô, trens e barcas. Além disso, reclamam da falta de investimento do poder publico em obras de mobilidade, o que torna lento o deslocamento de casa para o trabalho.
O discurso dos ativistas procura também denunciar suposto favorecimento das concessionárias que operam o sistema de transporte, alegando ser obscura a relação das empresas com a máquina estatal e que seria obrigação do Estado gerir e subsidiar o transporte público.
No dia 30 de janeiro, outra manifestação contra o aumento das passagens promoveu um pulo coletivo de catracas da Central do Brasil. Centenas de passageiros acabaram também passando pelas roletas sem pagar, estimulados pelos ativistas.
Policiais
caminham em meio ao pó de extintores de incêndio depois que o fogo em
uma barricada de pneus foi apagado no Centro do Rio (Foto: Onofre
Veras/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
ReajusteO valor da passagem de ônibus vai aumentar 9,09%, como divulgado no dia 29. O anúncio foi feito um dia após o Tribunal de Contas do Município (TCM) votar o relatório sobre o serviço prestado pelas empresas de ônibus no Rio. O TCM informou que não tem competência para decidir se pode ou não haver reajuste no preço das passagens de ônibus e deixou a cargo da Prefeitura a decisão sobre o reajuste.
O decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes que estabelece o reajuste da tarifa determina uma série de adequações que deverão ser tomadas pela Secretaria Municipal de Transportes para fiscalizar o Serviço Público de Transporte de Passageiros por Ônibus (SPPO). Entre as principais obrigações está a contratação de empresa de auditoria para fiscalizar as revisões tarifárias. O documento estabelece ainda, entre outras medidas, que a secretaria exija dos consórcios a adequação dos terminais de passageiros no prazo de até 180 dias e elabore, no prazo de 30 dias, plano determinando que, até 31 de dezembro de 2016, todos os ônibus sejam equipados com ar-condicionado.
Na mesma semana do anúncio do aumento nos ônibus, o governador Sérgio Cabral anunciou, na sexta-feira (31), que serão mantidos os valores atuais das tarifas de trens (R$ 2,90), barcas (R$ 3,10) e metrô (R$ 3,20).
Manifestantes
caminham com faixa mostrando frase de protesto contra Cabral e Pezão no
Centro do Rio (Foto: Onofre Veras/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
Operação Pare o AumentoAssim que foi anunciado o aumento, ativistas começaram a mobilizar manifestantes nas redes sociais para o ato de protesto desta quinta. "Se a passagem aumentar, o Rio vai parar", informa o cartaz publicado no Facebook.
Desde dezembro, quando Paes sinalizou que haveria aumento em 2014, manifestantes foram às ruas para dizer que não aceitariam qualquer aumento. Na noite de 18 de janeiro, um grupo interditou a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Em seguida, o protesto continuou na Central do Brasil, onde alguns ativistas também chegaram a pular as catracas.
'Recuo após pressão popular'
Em 1º de junho do ano passado a tarifa dos ônibus do Rio aumentou de R$ 2,75 para R$ 2,95. Após mobilização em outras capitais por causa do aumento da passagem, houve protestos também no Rio e o reajuste de R$ 0,20 acabou suspenso pelo prefeito Eduardo Paes 18 dias depois.
No Rio, foram cinco grandes protestos em repúdio ao reajuste. Na primeira manifestação, cerca de 2 mil pessoas se reuniram no Centro do Rio. O ato, que começou pacífico, terminou em confronto com policiais militares. Um grupo mais radical ateou fogo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Os atos contra reajuste das tarifas do transporte público nas capitais começou em São Paulo. A situação influenciou manifestações no Rio e em outras capitais do país, que também acabaram recuando no reajuste das passagens. Ao anunciar que a tarifa no Rio voltaria a R$ 2,75, Paes disse que a decisão foi tomada em conjunto com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. À época, o prefeito do Rio disse que a conversa entre os dois já vinha acontecendo havia algum tempo.