Pai nega e afirmou à polícia que batia nos filhos, mas com chinelo.
MãeDo G1 Caruaru
Há feridas e marcas em partes do corpo deles.
(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Um homem de 35 anos e uma mulher de 27 foram presos em flagrante por suspeita de torturar quatro filhos no Bairro Cohab II, em Belo Jardim, no Agreste pernambucano. A polícia chegou até eles após denúncia feita por vizinhos ao Conselho Tutelar. A criança de 2 anos foi encontrada com a mãe; já os meninos de 5 e 6 estavam na escola, bem como uma menina de 8 anos. Eles têm feridas recentes e marcas em várias partes do corpo, inclusive cicatrizes antigas.(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
A delegada Sara Gouveia, responsável pela investigação, diz que o caso para ela é sem precedentes. "Já registrei ocorrência de casos de maus tratos a crianças, mas tortura não, quando se submete a sofrimento físico frequente", contou. A prisão foi feita na quarta-feira (9) e o registro ainda ocorre na Polícia Civil. As crianças foram submetidas a exames traumatológicos, cujo laudo deve sair em até sete dias, e estão sob os cuidados de um abrigo da cidade.
Eles passaram por exames cujos laudos saem em
até sete dias. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
O pai nega a tortura e afirmou à polícia que batia nos filhos, mas com chinelo. Porém, os indícios de tortura são grandes, de acordo com a delegada. "A vizinhança denunciou ao Conselho Tutelar porque já não aguentavam mais o sofrimento e o barulho de gritos das crianças. Segundo os vizinhos, eles apanhavam todos os dias. A marca recente no menino de 6 anos seria porque ele não queria ir para a escola", relatou. A Polícia Civil também ouviu professores dos três que estudam. "Eles são medrosos e retraídos", diz Gouveia.até sete dias. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Após o procedimento, o pai será encaminhado à Penitenciária Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira, e a mãe para a Colônia Penal Feminina de Buíque - ambos municípios também do Agreste. "Ela foi presa devido à conduta omissiva; quem mais batia era o pai", informou a delegada.
Segundo a delegada Sara Gouveia, crianças são retraídas e medrosas. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)