Funai e INCRA terão 60 dias para realocar as famílias, porém ordem de retirada é imediata
Audiência decide que produtores devem ser retirados da Saiá-Missu
Foto por: RD News
Foto por: RD News
As famílias que reocuparam a terra indígena Marãwatsédé, a antiga gleba Suiá-Missú, no município de Alto Boa Vista, serão retiradas da área imediatamente. A decisão foi tomada durante a audiência de conciliação realizada nesta quinta (30), na Capital, entre representantes da Justiça Federal, Ministério Público Federal (MPF), União, Incra e Funai. O processo de retirada será feito pelas polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF) e Força Nacional de Segurança Pública em cumprimento a ordem judicial de desintrusão.
Além da remoção, foi homologado o prazo de 60 dias para a realocação dos produtores em outro local. Incra, União e Funai terão dois meses para a apresentação do cronograma, com projeto parcial e preliminar a ser apresentado em 30 dias, sob pena de multa.
A homologação do acordo foi assinada pelo juiz federal substituto da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ilan Presser e representantes do MPF, Incra, Funai, PF, PRF e pelo deputado federal Valtenir Pereira (Pros), que participou da audiência.
De acordo com levantamento preliminar da Prefeitura de Alto Boa Vista, cerca de 300 famílias retornaram para a área no último domingo e nesta quarta (29), recomeçaram a construção de casas e curais para o gado levado ao local. Junto com as famílias, trabalhadores sem-terra também estão ocupando a reserva com a promessa de divisão das antigas propriedades pelos antigos donos.