2014/09/23

Médico de MT acusado de abusar de pacientes sedados é preso

Ortopedista foi preso nesta terça por não informar novo endereço à Justiça.
Ele responde a processos por suspeita de abusar sexualmente de homens.

Pollyana Araújo Do G1 MT

Médico ortopedista Célio Eiji foi detido em consultório (Foto: Ronaldo Teixeira/ Arquivo pessoal)Médico ortopedista Célio Eiji foi detido em consultório
(Foto: Ronaldo Teixeira/ Agora MT)
Um médico que responde a vários processos por suspeita de abusar sexualmente dos pacientes dele foi preso nesta terça-feira (23), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. A prisão do ortopedista Célio Eiji Tobisawa foi decretada à revelia pela Justiça de Cáceres, a 220 km da capital, por não ter cumprido as exigências estabelecidas durante o período em que responde ao processo que tramita na 2ª Vara Criminal da Comarca do município.
O G1 entrou em contato com a defesa do acusado e a assessoria do defensor público Mauro César Duarte Filho, que atua em favor do réu, informou que ele está viajando e que só deve retornar na próxima segunda-feira (29).
O médico foi detido pela Polícia Civil quando estava em um consultório particular em Rondonópolis, onde estava trabalhando. Ele foi levado para a Penitenciária Major Eldo Sá, a Mata Grande, onde deve permanecer até que a Justiça decida sobre o recambiamento. Como tem curso superior, deve ser transferido para o Centro de Custódia de Cuiabá.
A juíza Graciene Pauline Mazeto Correa da Costa, da 2ª Vara Criminal de Cáceres, determinou a prisão do acusado por ele ter mudado de endereço e não ter comunicado a Justiça. "Em tempo, carreando os autos, verifico que o réu mudou de endereço e não comunicou este juízo, razão pela qual, decreto a revelia do réu Célio Eiji Tobisawa", diz a magistrada. Ele responde pelo crime de conjunção carnal ou ato libidinoso com alguém mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vítima, previsto no artigo 215 do Código Penal.
O médico já havia sido condenado a mais de 17 anos de prisão em 2011 pelo crime cometido dentro de um hospital público de Colíder, a 648 km da capital, mas depois foi solto. Consta da decisão que ele possui 'personalidade voltada para os crimes de natureza sexual' e que as vítimas sempre eram





homens jovens, de cor branca. No ano anterior à condenação, Célio Eiji havia sido preso.

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