2015/04/24

Doença em equino pode cancelar a Exporriso



Suspeita de Mormo em cavalo que estava no Parque de Exposições colocará local em quarentena


Os organizadores da Exporriso (Exposição Agropecuária de Sorriso), aguardam com certa apreensão o resultado de uma contraprova, de um exame realizado em um dos cavalos que estavam no Parque de Exposições. A suspeita é de um caso de Mormo, uma doença infecciosa presente em equinos, mas que pode ser transmitida para outros mamíferos, como cães, gatos e, inclusive seres humanos.
Todos os cuidados estão sendo tomados pelos organizadores do evento. O material coletado do animal sob suspeita foi encaminhado para um laboratório de Pernambuco. O resultado da contraprova deve chegar na próxima semana.
Segundo o vice-presidente da Exporriso, Daniel Morello, a suspeita surgiu no dia 22 de março, durante exames de rotina nos animais que fazem parte do CTG (Centro de Tradições Gaúchas). “O resultado foi inconclusivo. Agora aguardamos a contraprova para descartar a doença ou então tomar as medidas necessárias caso seja positivo”, revelou.
Os organizadores devem dar uma coletiva na tarde desta sexta-feira (24), para explicar o assunto à imprensa local. Pecuaristas, que tradicionalmente participam do ranking nelore durante da feira, estão receosos em levar seus animais de elite para o parque. O vice-presidente da Exporriso não quis comentar que medidas serão necessárias caso a doença seja confirmada e nem de que forma isso impactará no evento.
O Mormo ou lamparão é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pús, secreção nasal, urina ou fezes. O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado. A mortalidade dessa doença é muito alta.
As recomendações sanitárias orientam o isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos, sacrifício dos casos confirmados, cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles, desinfecção rigorosa dos alojamentos e suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado.

Fonte: Jamerson Miléski

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