2014/09/22

MT: Trabalhadores sem-terra anunciam fim de bloqueios em estradas



O Movimento dos Sem Terra (MST) anunciou o encerramento dos bloqueios iniciados na manhã desta segunda-feira (22) em quatro rodovias de Mato Grosso.
A medida foi anunciada depois de intervenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que obteve reunião entre representantes dos trabalhadores sem-terra e a superintendência local do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), alvo dos protestos ao longo da manhã.

Segundo explicou um dos coordenadores estaduais do MST em Mato Grosso, José Vieira, no final da manhã os bloqueios foram suspensos por conta da reunião agendada com o Incra para o próximo dia 25, às 13h.

Desta forma, os manifestantes devem retornar a seus acampamentos e aguardar os desdobramentos da reunião com o Incra, para o qual têm pelo menos quatro pontos de reivindicações que motivaram os bloqueios ao longo da manhã.

Entre as 6h e as 7h, o MST realizou o bloqueio das rodovias federais BR-163, BR-070 e BR-364 nas imediações das cidades de Sinop (a 503 km de Cuiabá), Cáceres (a 250 km) e Jaciara (a 148 km), respectivamente. Também houve bloqueio de trecho da rodovia estadual MT-358, perto da cidade de Tangará da Serra (a 242 km da capital). Os congestionamentos gerados pelos bloqueios chegaram a atingir 30 quilômetros de extensão, segundo informou o próprio MST.

A concessionária Rota do Oeste, que administra a rodovia BR-163, informou que às 10h15 foi encerrado o bloqueio do Km 270, ponto em que a estrada recebe a mesma denominação da BR-364.  A PRF esteve no local, além de agentes da empresa concessionária.

No trecho da BR-163 próximo a Sinop, por volta das 10h30 o bloqueio já havia sido encerrado. Entretanto, segundo a coordenadora Ana Maria dos Reis, o encerramento foi decidido por conta da animosidade entre manifestantes e caminhoneiros.

Entre as reivindicações do MST, estão a imissão de posse sobre uma fazenda já destinada à reforma agrária em Juscimeira (a 164 km de Cuiabá), bem como a vistoria de outras cinco propriedades rurais. Também são cobradas a entrega de cestas básicas aos sem-terra acampados e instalação de energia elétrica em assentamentos.


Fonte: G1-MT/Renê Dióz/foto arquivo MTnoticias.net


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