2014/06/06

Pai abusa da filha e tenta "comprar" silêncio da vítima com prancha de cabelo

O Conselho Tutelar Ubaporanga, no Vale do Rio Doce, encaminhou à Promotoria de Justiça nesta quinta-feira (5) informações sobre um caso de abuso sexual de um pai contra a filha de 15 anos. De acordo com a entidade, a denúncia foi feita pelo avô materno da garota, para quem ela confessou o que acontecia. O suspeito do crime, Pedro Fialho Gomes, de 45 anos, confessou os fatos.

Segundo a conselheira tutelar responsável pelo caso, Elizabete de Souza Oliveira Lima, a adolescente relatou tudo que estava acontecendo. Ela contou que o pai abusava dela desde os cinco anos, informação confirmada pelo homem

Ele confessou tudo, que tirava a roupa dela, fazia carícias nela e passava o órgão genital no corpo dela. Em seguida, ameaçava a menina de morte, chegou várias vezes a bater nela.

Gomes ainda colocou a culpa de tudo na mulher. Segundo ele, a companheira se recusava a manter relações sexuais e ainda o incentivou a abusar da filha.

Ele chamava a filha de amorzinho. Segundo ele, a mulher dizia que já que ele gostava tanto da menina, que ficasse com ela então.

A mãe da menor, no entanto, negou as acusações. Elizabete explica que Gomes mantinha o silêncio da filha através de constantes agressões e ainda exigia que ela "tratasse a mãe com ignorância", para que a mulher não suspeitasse do que ocorria. Os abusos aconteciam quando ela saía e deixava pai e filha sozinhos em casa. O irmão da adolescente chegou a presenciar uma das agressões, mas, como o garoto toma muitos medicamentos controlados, o pai conseguiu amedrontar o garoto e impedir que ele contasse tudo para a mãe.

A conselheira tutelar conta ainda que a menor disse que o pai costumava ainda "comprar" o sigilo da situação, oferecendo dinheiro e presentes. Em uma das últimas ocasiões, ele afirmou que daria dinheiro para quela comprasse uma chapinha de cabelo. Mesmo assim, a garota resolver denunciar o caso para o avô.

A jovem foi examinada no hospital local, que constatou que não houve penetração. Como não existe flagrante do crime, a Polícia Civil não pôde manter Gomes preso. A menina foi retirada do imovel onde mora com a família e está sob responsabilidade do avô.
Fonte: R7

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