Populares lotam Câmara revoltados com projeto e tentam ‘salvar’ escola
Em audiência pública realizada na noite de ontem (13) na Câmara Municipal de Vera, o prefeito NilsoVígolo (PROS) foi ‘encurralado’ por populares que não querem a desativação da escola municipal São Judas Tadeu, conforme proposto pela administração. O fechamento implicaria no remanejamento de cerca de 300 alunos para outras duas unidades de ensino.
A audiência foi conduzida pela promotora de Justiça substituta Laís Rezende, e realizada após o Ministério Público ter sido acionado e questionado sobre a legalidade do ato que o município pretende realizar.
Durante os trabalhos, Vígolo e o presidente da casa, vereador Vilmar Scherer (PDT), que é favorável a desativação da unidade, foram vaiados e criticados em várias ocasiões pelos presentes, que lotaram o plenário da Câmara. Dezenas de alunos da escola também estiveram Câmara empunhado cartazes de protesto.
Os aplausos foram direcionados à diretora da escola, Maria Telma, que fez um apelo às autoridades para que não haja o fechamento. “No nosso entendimento não há necessidade de fechamento da unidade. Apelo para que olhem com carinho para todas as pessoas que serão afetadas e que juntos possamos encontrar uma outra alternativa”.
Conforme a proposta do município, os alunos da escola São Judas Tadeu seriam remanejados para as escolas Nilza de Oliveira Pipino e Aluízio Jacob Weber, devido à unidade ser desativada por tempo indeterminado. Consta que o novo projeto político pedagógico apresentado prevê que os alunos sejam divididos em dois ciclos. No primeiro ficariam os de primeira à terceira séries e no segundo, de quarta à sexta.
Segundo explicou Scherer, entre os benefícios está o fato de alunos da mesma faixa etária conviverem separadamente aos de outras idades, o que evitaria problemas como bullyng, por exemplo. Ainda segundo ele, “o prefeito tem que ter firmeza, atitude”, referindo-se ao fato de o projeto do Executivo desagradar a grande maioria da população. “Vera precisa de atitude em muitas outras coisas onde houve falta de planejamento e um exemplo é a sede da prefeitura porque quem chega na cidade e olha o prédio não sabe se é cara ou bunda”, complementou.
O prefeito garantiu que “Nenhum aluno será prejudicado e os projetos em andamento serão concluídos”e que não haverá superlotação nas salas, que deverão ter entre 24 e 26 alunos.
Sobre os argumentos da direção da escola São Judas e de pais de alunos a respeito de não terem sido comunicados dos andamentos do processo de desativação, Vígolo disse que o assunto já havia sido previamente tratado com os vereadores. Destes, quatro estiveram presentes e se manifestaram contra a desativação, sendo eles Samuel Raimundo, Geraldo Júnior Camilo (Juninho), Marcelo do Correio e Cristiano Nicoli.
“Nesse país não se fecham escolas senhor prefeito, neste país se abrem escolas”, destacou o vereador Samuel, arrancando aplausos da população e aumentando ainda mais o desconforto de Vígolo, que era evidente desde o início da audiência.
O prefeito e a secretaria interina de Educação Fabiana Lima Dias explicaram ainda que o processo de desativação da escola havia sido iniciado na gestão anterior. Segundo eles, já está em análise pelo governo federal a implantação de uma nova escola através do PAR (Planos de Ações Articuladas), a qual ficaria localizada nas proximidades da São Judas Tadeu e consequentemente beneficiaria a população daquela região. A nova unidade contaria com 12 modernas salas de aula.
Conforme o que foi apresentado, “A ilegalidade não ficou demonstrada porque nenhuma criança ficará fora da sala de aula” explicou a promotora. Ela complementou que “Ainda não tive acesso aos documentos por parte da prefeitura, por que com as reclamações da equipe gestora da escola já foi instaurado o inquérito civil e de imediato já marcada a audiência pública. Agora é que terei acesso à documentação”.
Ainda durante a audiência, foi realizada uma votação entre os presentes a respeito de serem favoráveis ou não a desativação da unidade. Os dados serão anexados ao inquérito civil. “A relevância é verificar a relação direta da sociedade com essa política pública. Ela é uma amostragem, mas não poderá intervir numa política pública, desde que não tenha havido nenhuma ilegalidade”, explicou ela ao Nortão Notícias.
Ao final dos trabalhos, a promotora solicitou a prefeitura de Vera que encaminhe cópias do projeto em questão e da pesquisa realizada apontando ser conveniente a desativação da referida escola, para que os dados apresentados possam ser apurados.
Da Redação
Em audiência pública realizada na noite de ontem (13) na Câmara Municipal de Vera, o prefeito NilsoVígolo (PROS) foi ‘encurralado’ por populares que não querem a desativação da escola municipal São Judas Tadeu, conforme proposto pela administração. O fechamento implicaria no remanejamento de cerca de 300 alunos para outras duas unidades de ensino.
A audiência foi conduzida pela promotora de Justiça substituta Laís Rezende, e realizada após o Ministério Público ter sido acionado e questionado sobre a legalidade do ato que o município pretende realizar.
Durante os trabalhos, Vígolo e o presidente da casa, vereador Vilmar Scherer (PDT), que é favorável a desativação da unidade, foram vaiados e criticados em várias ocasiões pelos presentes, que lotaram o plenário da Câmara. Dezenas de alunos da escola também estiveram Câmara empunhado cartazes de protesto.
Os aplausos foram direcionados à diretora da escola, Maria Telma, que fez um apelo às autoridades para que não haja o fechamento. “No nosso entendimento não há necessidade de fechamento da unidade. Apelo para que olhem com carinho para todas as pessoas que serão afetadas e que juntos possamos encontrar uma outra alternativa”.
Conforme a proposta do município, os alunos da escola São Judas Tadeu seriam remanejados para as escolas Nilza de Oliveira Pipino e Aluízio Jacob Weber, devido à unidade ser desativada por tempo indeterminado. Consta que o novo projeto político pedagógico apresentado prevê que os alunos sejam divididos em dois ciclos. No primeiro ficariam os de primeira à terceira séries e no segundo, de quarta à sexta.
Segundo explicou Scherer, entre os benefícios está o fato de alunos da mesma faixa etária conviverem separadamente aos de outras idades, o que evitaria problemas como bullyng, por exemplo. Ainda segundo ele, “o prefeito tem que ter firmeza, atitude”, referindo-se ao fato de o projeto do Executivo desagradar a grande maioria da população. “Vera precisa de atitude em muitas outras coisas onde houve falta de planejamento e um exemplo é a sede da prefeitura porque quem chega na cidade e olha o prédio não sabe se é cara ou bunda”, complementou.
O prefeito garantiu que “Nenhum aluno será prejudicado e os projetos em andamento serão concluídos”e que não haverá superlotação nas salas, que deverão ter entre 24 e 26 alunos.
Sobre os argumentos da direção da escola São Judas e de pais de alunos a respeito de não terem sido comunicados dos andamentos do processo de desativação, Vígolo disse que o assunto já havia sido previamente tratado com os vereadores. Destes, quatro estiveram presentes e se manifestaram contra a desativação, sendo eles Samuel Raimundo, Geraldo Júnior Camilo (Juninho), Marcelo do Correio e Cristiano Nicoli.
“Nesse país não se fecham escolas senhor prefeito, neste país se abrem escolas”, destacou o vereador Samuel, arrancando aplausos da população e aumentando ainda mais o desconforto de Vígolo, que era evidente desde o início da audiência.
O prefeito e a secretaria interina de Educação Fabiana Lima Dias explicaram ainda que o processo de desativação da escola havia sido iniciado na gestão anterior. Segundo eles, já está em análise pelo governo federal a implantação de uma nova escola através do PAR (Planos de Ações Articuladas), a qual ficaria localizada nas proximidades da São Judas Tadeu e consequentemente beneficiaria a população daquela região. A nova unidade contaria com 12 modernas salas de aula.
Conforme o que foi apresentado, “A ilegalidade não ficou demonstrada porque nenhuma criança ficará fora da sala de aula” explicou a promotora. Ela complementou que “Ainda não tive acesso aos documentos por parte da prefeitura, por que com as reclamações da equipe gestora da escola já foi instaurado o inquérito civil e de imediato já marcada a audiência pública. Agora é que terei acesso à documentação”.
Ainda durante a audiência, foi realizada uma votação entre os presentes a respeito de serem favoráveis ou não a desativação da unidade. Os dados serão anexados ao inquérito civil. “A relevância é verificar a relação direta da sociedade com essa política pública. Ela é uma amostragem, mas não poderá intervir numa política pública, desde que não tenha havido nenhuma ilegalidade”, explicou ela ao Nortão Notícias.
Ao final dos trabalhos, a promotora solicitou a prefeitura de Vera que encaminhe cópias do projeto em questão e da pesquisa realizada apontando ser conveniente a desativação da referida escola, para que os dados apresentados possam ser apurados.
Da Redação
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