Pais dizem ter medo de filho de 5 meses desmaiar e não voltar mais.
Justiça determinou que estado realize cirurgia, mas decisão foi descumprida.
Desde que nasceu, Rian Petherson Carlos Silva, de cinco meses, aguarda
por uma cirurgia no queixo. Praticamente todos os dias ele desmaia após
se engasgar com a saliva durante o choro, como conta os pais, Sandro
Carlos da Silva e Nayara Ingrid da Silva. O bebê possui a síndrome de
Pierre Robin, quando a mandíbula cresce lentamente durante o período
gestacional e continua a se desenvolver devagar após o nascimento.
A família já conseguiu na Justiça uma liminar que obriga o estado a
realizar a cirurgia em Rian no prazo de 24 horas, a contar do dia 15 do
mês passado, porém, a decisão da 1ª Vara Especializada da Fazenda
Pública da Comarca de Várzea Grande,
região metropolitana de Cuiabá, onde eles moram, foi descumprida. Nessa
decisão, o juiz Alexandre Elias Filho, determinou que fosse fornecido
ao paciente o aparelho utilizado para o alongamento de maxilar, além de
uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em uma unidade da
rede pública ou particular de saúde.
Ao G1 a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou já ter sido notificada da decisão e disse que está adotando providências para que a cirurgia seja realizada o mais breve possível.
"O caso é de extrema urgência. Os documentos comprovam a patologia da autora e a indicação clínica para o fornecimento do aparelho pleiteado e a sua internação em leito de UTI, bem como menciona que há urgência", disse o magistrado, numa referência ao laudo médico, o qual destaca a gravidade do caso do paciente, que corre risco, inclusive, de "ter uma crise e não voltar mais", segundo o pai de Rian. "Às vezes ele se assusta com a própria crise e tem nova crise, em seguida", relatou Sandro.
A maior preocupação dos pais é porque com o passar dos meses as crises são mais demoradas. Além do risco à vida do bebê, essas crises impedem que ele ganhe peso e cresça normalmente. "Ele está com peso e tamanho abaixo da média para a idade dele", comentou a mãe de Rian, ao mostrar o cartão de pediatria, cujo gráfico mostra que ele está duas linhas abaixo do nível considerado normal levando em consideração a idade dele.
Depois de dois meses se alimentando por meio de uma sonda, hoje Rian toma um leite que custa aproximadamente R$ 35 e dura somente cinco dias. A despesa está além do que a família poderia gastar, já que somente Sandro trabalha. "Trabalho em uma cerâmica e faço uns 'bicos' para não deixar que falte leite para ele", contou.
Além do rosto, Rian possui má formação nos pés. Porém, a cirurgia de correção já está agendada para o mês de fevereiro do ano que vem. Essa deficiência, no entanto, não é o que mais preocupa os pais, já que, por enquanto, não traz limitações ao bebê, como o caso do queixo.
Ao G1 a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou já ter sido notificada da decisão e disse que está adotando providências para que a cirurgia seja realizada o mais breve possível.
"O caso é de extrema urgência. Os documentos comprovam a patologia da autora e a indicação clínica para o fornecimento do aparelho pleiteado e a sua internação em leito de UTI, bem como menciona que há urgência", disse o magistrado, numa referência ao laudo médico, o qual destaca a gravidade do caso do paciente, que corre risco, inclusive, de "ter uma crise e não voltar mais", segundo o pai de Rian. "Às vezes ele se assusta com a própria crise e tem nova crise, em seguida", relatou Sandro.
Sandro e Nayara dizem ter medo do filho desmaiar e não
voltar mais (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
A cirurgia podia ser feita desde que o bebê tinha dois dias. "O médico
que o atendeu durante os dois meses em que ele ficou internado viu as
crises que ele tinha e disse que era preciso fazer a cirurgia com
urgência, porque, segundo ele, poderia acontecer de desmaiar e não
voltar mais. Ele nos orientou a recorrer a Justiça para conseguir o
aparelho para o alongamento da mandíbula", explicou. Desse modo, a
família ingressou com a ação e a Justiça determinou o fornecimento do
aparelho distrator ósseo de mandíbula, indispensável para a realização
da cirurgia de alongamento de mandíbula. "O médico falou que se
conseguíssemos o aparelho ele faria a cirurgia de graça e esse aparelho
custa R$ 80 mil mais ou menos", disse Sandro.voltar mais (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
A maior preocupação dos pais é porque com o passar dos meses as crises são mais demoradas. Além do risco à vida do bebê, essas crises impedem que ele ganhe peso e cresça normalmente. "Ele está com peso e tamanho abaixo da média para a idade dele", comentou a mãe de Rian, ao mostrar o cartão de pediatria, cujo gráfico mostra que ele está duas linhas abaixo do nível considerado normal levando em consideração a idade dele.
Depois de dois meses se alimentando por meio de uma sonda, hoje Rian toma um leite que custa aproximadamente R$ 35 e dura somente cinco dias. A despesa está além do que a família poderia gastar, já que somente Sandro trabalha. "Trabalho em uma cerâmica e faço uns 'bicos' para não deixar que falte leite para ele", contou.
Além do rosto, Rian possui má formação nos pés. Porém, a cirurgia de correção já está agendada para o mês de fevereiro do ano que vem. Essa deficiência, no entanto, não é o que mais preocupa os pais, já que, por enquanto, não traz limitações ao bebê, como o caso do queixo.
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