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29 de outubro de 2.013
“Uma andorinha sozinha não faz
verão”. Foi assim que começou a
palestra sobre Políticas
Públicas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) para o
Cooperativismo, no IV Workshop
de Secretários Municipais da
Associação Mato-grossense dos
Municípios. O diretor do
Departamento de Cooperativismo e
Associativismo Rural, Erikson
Chandoha, iniciou sua fala
chamando a atenção dos
participantes para a necessidade
de organizar os pequenos
produtores rurais.
De acordo com o diretor, existem
hoje no Brasil 1561 cooperativas
com cerca de 1 milhão de
associados e correspondem por
18, entre as 100 maiores
empresas agropecuárias. Ainda
segundo Chandoha, 50% da
produção de alimentos do país
passam, em algum momento, por
algum tipo de cooperativas. No
Sindicato e Organização das
Cooperativas Brasileiras no
Estado de Mato Grosso são 208
cadastradas.
O Denacoop é um departamento
vinculado à Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e
Cooperativismo do Mapa. Ele foi
criado com a função de apoiar,
fomentar e promover o
cooperativismo rural brasileiro.
Erikcon Chandoha esclareceu que.
apesar do suporte oferecido pelo
poder público, a criação de
cooperativas independe de
autorização governamental, de
acordo com a Constituição
Federal de 1988.
Entre as frentes de atuação do
Denacoop foram destaque na
apresentação: a parceria com o
Instituto Interamericano de
Cooperação para a Agricultura,
com ações de mapeamento; a
profissionalização da
agricultura familiar; a formação
da juventude cooperada, com
vistas para a sucessão do
agronegócio, ensino e formação;
a equidade de gêneros, no
incentivo da participação da
mulher nas organizações; o
desenvolvimento sustentável; o
incentivo às cooperativas de
pequenos produtores, inclusive
agricultores familiares; linhas
de crédito específicas; e
iniciativas internacionais.
Dando sequência ao assunto, foi
apresentado o caso da
Cooperativa Agropecuária Mista
Terra Nova (Coopernova). O
presidente da associação, que
tem sede no município de Terra
Nova do Norte, Daniel Robson,
também destacou a importância do
cooperativismo para o
desenvolvimento do agronegócio
no país. “O cooperativismo é a
moeda do terceiro milênio”,
resumiu o presidente.
A estrutura fundiária da região Centro Oeste é concentradora. Cerca de 10% das propriedades rurais, grandes e médias, correspondem a mais de 70% da área ocupada. Já os pequenos produtores, 68%, ocupam menos de 10% do território.
A estrutura fundiária da região Centro Oeste é concentradora. Cerca de 10% das propriedades rurais, grandes e médias, correspondem a mais de 70% da área ocupada. Já os pequenos produtores, 68%, ocupam menos de 10% do território.
O estado de Mato Grosso não foge
a esse perfil. De acordo com o
presidente da cooperativa, 80%
dos associados têm áreas
inferiores a 100 hectares, o que
dificulta investimentos e
encarece a industrialização.
A Coopernova foi criada no dia
31 de outubro de 1987, quando
foi desmembrada da Coopercana. A
princípio, desenvolvia
atividades de cultivo, recepção,
secagem, armazenamento e
comercialização. Os principais
produtos eram o arroz, milho,
feijão, algodão e crotalária,
utilizada para recuperação de
solos.
Robson explicou que com o fim do
garimpo houve necessidade de
expansão da atuação da entidade.
Por isso, foi realizado um
estudo sobre as principais
afinidades produtivas da região,
que norteou anos de
investimentos. Hoje, a
Coopernova é responsável pela
instalação e funcionamento de
diversas agroindústrias na
região Norte. Ela oferece aos
associados atividades nas áreas
de bovinocultura, fruticultura e
ovinocultura; projetos e
assistência técnica, produção de
mudas, ração e concentrado; e
loja de produtos
agroveterinários.
A Coopernova recebeu o selo da agricultura familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), pela importância do trabalho na região. Apenas com incentivos fiscais, a empresa arrecadou R$ 10 milhões, que foram investidos em melhorias para o pequeno produtor mato-grossense.
A Coopernova recebeu o selo da agricultura familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), pela importância do trabalho na região. Apenas com incentivos fiscais, a empresa arrecadou R$ 10 milhões, que foram investidos em melhorias para o pequeno produtor mato-grossense.
Para finalizar o assunto, foi
realizada uma Mesa Redonda com o
tema “Cooperativismo,
Associativismo, Pnae, PAA e
Inclusão Fiscal do Produtor
Primário”. A Mesa foi integrada
por representantes da Secretaria
de Estado de Educação de Mato
Grosso (Seduc-MT), Companhia
Nacional de Abastecimento,
Secretaria de Desenvolvimento
Rural e Agricultura Familiar (Sedraf-MT)
e Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresa (Sebrae).
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