Operação teve como alvos integrantes de uma facção criminosa voltada para os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro
A Polícia Civil encaminhou à Justiça, neste sábado (29.04) o inquérito policial da operação “Recovery”, deflagrada pela Delegacia de Sorriso, no dia 03 de março, para cumprimento de mais de 90 ordens judiciais contra uma facção criminosa que comandava criminalidade, em especial o comércio de entorpecentes no município.
No total, 37 pessoas foram presas e na conclusão do inquérito 42 foram indiciadas pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Durante a operação também foi cumprido o sequestro de veículos ligados ao principal traficante do grupo e o bloqueio de valores em até R$ 1 milhão de integrantes da associação criminosa.
As investigações conduzidas pelo delegado Bruno França reuniram elementos probatórios que permitiram à Polícia Civil individualizar as condutas de cada envolvido e o funcionamento da associação voltada ao comércio de entorpecentes e a aquisição de patrimônio ilícito.
A desarticulação do grupo criminoso teve inicio com a identificação de três traficantes identificados que lideram a venda no atacado e no comércio entre os ‘lojistas’ que atuam no varejo de entorpecentes. Todo pequeno traficante da cidade de Sorriso devia obediência e o pagamento de taxas à facção criminosa responsável pelo território em que atua, integrando ou não o grupo criminoso.
Divisão dos valores recebidos
Durante o trabalho investigativo da Operação Recovery também foram identificadas mulheres que atuavam não apenas na lavagem de ativos ilícitos da associação, bem como desfrutam da luxuosa vida que o dinheiro sujo propicia.
Duas delas são da mesma família (mãe e filha), que se especializou em fazer lavagem de dinheiro do tráfico, e que conta ainda com a participação do filho. Agindo da mesma forma que os filhos, E.S.B. recebe pagamentos da compra e venda de drogas em suas contas pessoais, a fim de ocultar e dissimular a origem.
Outras investigadas, duas delas companheiras dos traficantes, têm como papel na associação criminosa ceder as contas bancárias para receber e realizar pagamentos de negociações que envolvem o comércio de drogas em Sorriso.
Venda de armas
A investigação apurou também que um dos integrantes da facção, e com extenso histórico criminal, fez a venda de diversas armas aos integrantes da associação investigada. Em uma negociação, ele vendeu uma pistola Taurus, modelo PT 58, para o traficante que gerencia o abastecimento dos ‘lojistas’.
A apuração constatou que o criminoso vendeu, somente ao bando aqui investigado, três armas de fogo e ofertou outros diversos armamentos à associação investigada.
Assessoria | Polícia Civil-MT
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