Projeto do 9º Batalhão da PMMT, com apoio de outras instituições, leva nova perspectiva de vida para mulheres que passaram por situações de violência.
Foto PMMT |
Mulheres que passaram por
situações de violência doméstica e vivem em vulnerabilidade social estão
recebendo uma nova chance de reconstruírem suas vidas. Por meio do projeto Vida
Melhor, promovido pelo 9º Batalhão da Polícia Militar, essas mulheres, que um
dia foram vítimas, estão passando por um processo de qualificação profissional
e em busca de independência financeira.
A iniciativa faz parte do
Programa Corrente do Bem, já existente no Batalhão e que visa retirar pessoas
da zona de vulnerabilidade por meio de assistências e qualificações. No projeto
Vida Melhor, 36 mulheres foram selecionadas pela equipe do 9º BPM para fazerem
parte de um curso de qualificação com duração de 24 horas-aulas, distribuídas
em três semanas, sendo a última aula neste sábado (26.02). As aulas estão sendo
realizadas na sede da 2º Cia da PM, no bairro Parque Cuiabá.
Contando com o apoio do Serviço
Social de Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Mato Grosso
(Sindmat), a equipe do 9º BPM fez buscas por empresas, indústrias, comércios ou
similares, da Capital, que estavam com vagas de emprego em aberto, e que
necessitam de pessoas qualificadas nas funções.
Em seguida, foi montado um
cronograma de qualificação voltado para a área demandada de acordo com as
necessidades empregatícias. Com apoio das empresas parceiras, as mulheres estão
passando por qualificação para se tornarem profissionais no cargo de conferente
de carga, onde elas irão fiscalizar os produtos da empresa antes do transporte.
Uma das alunas, que não será
identificada, está aproveitando a oportunidade para buscar retorno ao mercado
de trabalho. “Vi nesse curso a oportunidade de me engajar novamente no mercado.
Está sendo muito acolhedor e estou tirando proveito dos ensinamentos. Eu tenho
certeza que com a qualificação eu conseguirei um emprego”, afirmou a aluna, que
disse estar se sentindo realizada por fazer parte da primeira turma do projeto.
Para um dos professores
responsáveis pela qualificação, Claudinei Ferreira, a iniciativa pensada pela
Polícia Militar é fundamental para a inserção do público feminino no mercado de
trabalho já com uma qualificação competente. “Muitas vezes a oportunidade de
emprego não existe ou não chega, por conta da falta de qualificação na área”,
destaca o professor.
Por fim, o tenente-coronel Silva
Sá, explica que o projeto é muito mais do que uma assistência. “O projeto Vida
Melhor está muito além do assistencialismo, é na verdade uma opção clara e
acessível de ser e se sentir digno, útil e independente”, explica o comandante,
que convida empresas e indústrias que possuam vagas de emprego, para
participarem dos próximos ciclos de qualificações.
Após o fim da qualificação, as
empresas parceiras, que ofertaram vagas, farão a distribuição das vagas com
todas as mulheres que concluírem o curso. Uma chance para que essas mulheres
possam conquistar, de fato, uma vida melhor.
Hallef Oliveira / PMMT
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