Pelo menos cinco tipos diferentes
de golpes foram aplicados contra vítimas de várias cidades do estado
A Polícia Civil de Mato Grosso,
por meio de ações realizadas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes
Informáticos (DRCI), recuperou na última semana mais de R$ 35,5 mil, subtraídos
de diferentes vítimas de golpes aplicados pela internet. O trabalho realizado
pela equipe da DRCI atende vítimas de Cuiabá e do interior do estado, assim
como de outros estados do país.
O delegado titular da DRCI, Ruy
Guilherme Peral, destacou que os golpistas tem se especializado na criação de
golpes e utilizam os mais diferentes meios para enganar as vítimas e por isso,
as pessoas devem ter cuidados antes de fazer qualquer transferência de valor.
“Os estelionatários cada vez mais
tem criado diferentes situações para enganar e induzir as vítimas a erro. Antes
de fazer qualquer transferência de valor, as pessoas devem desconfiar sempre,
conversar por meio de ligação ou pessoalmente com a pessoa que solicitou a
quantia, conferir as contas que serão realizados os depósitos para não ser
vítima de golpe”, disse o delegado.
Falso perfil no whatsapp
Em ação conjunta com a Delegacia
Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças e apoio do Setor de
Prevenção de Fraudes do Banco Bradesco, a DRCI recuperou R$ 1 mil subtraídos de
uma vítima que caiu no golpe do falso perfil do whatsapp.
O caso ocorreu na terça-feira
(08.02), quando o golpista se passou pela filha da vítima para solicitar
valores que foram transferidos para duas contas distintas.
Em outra situação semelhante
ocorrida, na sexta-feira (11) em Cuiabá, o golpista se passou por filho da
vítima pelo aplicativo whatsapp, para solicitar o valor de R$ 2.119, que foi
transferido pela conta indicada pelo suspeito.
Após a transferência do valor, o
golpista novamente pediu dinheiro, desta vez no valor de R$ 4 mil, momento em
que as vítimas ligaram para o filho, constatando que tinham caído em um golpe.
Com a rápida ação da DRCI e apoio do setor de Prevenção de Fraudes do Banco
Bradesco foi possível o bloqueio total do valor transferido.
Instagram clonado
Uma vítima do município de Vera
caiu no golpe do Instagram realizando a compra de eletrodomésticos, que eram
anunciados no perfil de um amigo. Acreditando estar adquirindo os produtos do
colega de confiança, a vítima fez a transferência dos valores via pix e somente
descobriu se tratar de um golpe quando foi buscar os objetos.
Após a Delegacia de Vera ser
comunicada dos fatos, a DRCI foi acionada e com apoio Setores de Prevenção de
fraudes do Pagseguro e Caixa Econômica Federal foi possível a recuperação de R$
3,7 mil transferidos pela vítima.
Compra de veículo
Em Barra do Bugres, a vítima
estava negociando um veículo Chevrolet Celta e fez dois pagamentos via pix para
a conta indicada pelo golpista. O patrão da vítima também fez uma transferência
de valor para a mesma conta, sendo verificado se tratar de um golpe somente
após os suspeitos exigirem mais dinheiro, alegando que era para pagamento de
frete e despachante.
A Delegacia de Barra do Bugres, a
DRCI, com apoio do Setor de Prevenção de Fraudes do Banco Bradesco recuperaram
R$ 772, 73, subtraídos das vítimas.
Golpe da menor
Em Nova Mutum, a vítima aceitou a
amizade de uma pessoa pela rede social Facebook e alguns dias depois golpistas
se passando por pais da jovem entraram em contanto falando que ela era menor de
idade, criando diversas situações para solicitar valores em dinheiro à vítima.
No momento em que fazia um
depósito para a suposta família, a vítima foi alertada que a situação poderia
se tratar de golpe, ocasião em que procurou a Delegacia de Nova Mutum para
registrar a ocorrência.
A DRCI foi acionada e com apoio
do Setor de Prevenção de Fraudes do Banco Pan, foram recuperados R$ 800 subtraídos da vítima.
Conta falsa em nome da vítima
Uma transferência via pix feita
em Alta Floresta para uma conta errada, fez com que uma mulher do município de
Canabrava do Norte descobrisse que golpistas tinham criado uma conta falsa em
seu nome.
Por distração, a vítima de Alta
Floresta digitou um número errado e fez uma transferência no valor de R$ 19 mil
para conta de uma mulher que não era a destinatária do valor. Iniciada as investigações,
foi possível descobrir que a mulher era moradora da cidade de Canabrava do
Norte, sendo realizado o contato com ela para restituição do valor.
Em conversa com a recebedora do
valor, ela se mostrou surpresa e revelou que não tinha conta no banco
mencionado, momento em que descobriu que golpistas tinham criado uma conta
utilizando seus dados pessoais.
Com base na informação, a equipe
da Delegacia de Alta Floresta, DRCI e apoio do Setor de Prevenção a Fraudes do
Mercado Pago conseguiu a restituição dos R$ 19 mil transferidos pela vítima.
Golpes em outros estados
Outra ação da Delegacia
Especializada de Repressão a Crimes Informáticos de Mato Grosso em parceria com
a 1º Delegacia de Boa Vista (RR), resultou na recuperação de R$ 6.201,49, subtraídos da vítima. O trabalho
contou com apoio dos Setores de Prevenção de Fraudes dos Bancos Santander, Itaú
e Inter.
Assessoria/Polícia Civil-MT
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