O estudo comprovou licitude nas
transações bancárias do sindicato nos anos de 2016 e 2017
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A empresa Athila Contabilidade e
Auditoria apresentou nesta quarta-feira (13), o resultado da auditoria feita
nas contas do Sindicato dos Investigadores de Policia do Estado de Mato Grosso
(Sinpol-MT), referente aos períodos de junho a agosto de 2016 e de agosto de
2017 a janeiro de 2018. O objetivo era averiguar se houve desvio de recursos
das contas do sindicato para as do presidente Cledison Gonçalves da Silva e da
diretora financeira Edleusa Afonso de Mesquita neste período.
O serviço foi contratado pela
atual diretoria do Sinpol-MT para averiguar denúncia de transferência ilegal de
recursos da entidade para as contas pessoais dos antigos diretores. O desvio
teria ultrapassado R$ 1,4 milhão. A denúncia foi feita pelo diretor geral
Jamilson Moura que a registrou junto à Diretoria Geral da Polícia Judiciária
Civil e posteriormente no Poder Judiciário. O caso ganhou repercussão pela
imprensa que publicou matérias sem ouvir os todos os envolvidos trazendo
prejuízos para toda categoria e, sobretudo, à imagem do Sinpol-MT.
“Jamilson alegou que a
movimentação bancária teria sido feita de forma fraudulenta em benefício de
Cledison e Edleusa. Ficou atestado que tudo transcorreu de forma lícita e com
anuência do Conselho Fiscal da entidade para evitar que os recursos disponíveis
em uma conta no Banco do Brasil fossem bloqueados pela justiça para o pagamento
de multas decorrentes de uma greve da categoria considerada ilegal. Durante a
auditoria ficou claro que o montante foi integralmente devolvido ao sindicato
por Edleusa Mesquita através de depósitos diretos e por meio do pagamento de
despesas da entidade. Cledison fez a devolução através de cheques e de
pagamentos de contas”, disse o auditor Clebio Geraldo Gaia.
“Em 2016, vivíamos a maior greve
dos servidores públicos do estado de Mato Grosso, foram 30 dias de paralisação.
A justiça considerou o movimento ilegal e aplicou multas altíssimas a todos os
sindicatos envolvidos. Orientados por nosso departamento jurídico, decidimos em
comunhão com o Conselho Fiscal, transferir temporariamente todo o dinheiro da
conta do Sinpol-MT para nossas contas pessoais para possibilitar ao sindicato o
pagamento de todas as suas despesas, inclusive os salários dos funcionários.
Passada a greve, a situação foi normalizada e as contas daquela gestão
integralmente aprovadas em Assembleia Geral pela categoria. A lisura da
movimentação está comprovada”, disse Edleusa Mesquita.
Uma perícia contábil também
investigou outra denúncia feita por Jamilson Moura: supostas fraudes na
contratação de empréstimo junto ao Sicoob em fevereiro de 2017.
"Este dinheiro foi usado
para pagar o aluguel de três ônibus e as diárias de 150 investigadores
sindicalizados que foram à Brasília participar de um movimento contrário à
reforma da previdência que traria prejuízos aos policiais civis, como a perda
da integralidade e da paridade na aposentadoria. Uma luta legítima do nosso
sindicato. Pegamos o empréstimo porque os repasses do governo ao SINPOL-MT não
tinham sido feitos e precisávamos viajar. Todas as despesas foram comprovadas e
atestadas como lícitas. Portanto, mas uma denúncia improcedente e
irresponsável”, explicou Edleusa.
A atual diretoria do Sinpol-MT
acredita que tais denúncias tenham sido motivadas em represália a uma investigação
interna que comprovou que Jamilson Moura usou indevidamente o nome do sindicato
para aquisição de materiais de construção, no valor aproximado de R$ 10 mil.
“Há cerca de 7 meses, o Jamilson
fez compras em nome do sindicato e mandou entregar em um centro comunitário no
bairro Nova Conquista, do qual fazia parte. Soubemos da fraude porque a
proprietária da loja nos cobrou o pagamento da dívida. Tomamos as providências
internas para investigação e exclusão do Jamilson da diretoria. Como ele tem pretensões
políticas junto ao sindicato, ficou revoltado e tentou manchar nossa imagem na
imprensa e na justiça. Mas Deus é grande e a verdade sempre vence”, concluiu
Edleusa Mesquita que já tomou todas as medidas judicias em defesa de seus
direitos e da imagem do Sinpol-MT.
Outro lado
Jamilson Moura participou da
apresentação dos resultados da auditoria. Fez perguntas, se disse satisfeito
com as repostas, mas deixou o evento minutos antes da conclusão dos trabalhos
sem dar explicações aos seus colegas.
“Saiu cabisbaixo e envergonhado
pela besteira que fez”, disse uma investigadora.
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