Por conta das condições
climáticas, Mato Grosso prorrogou o período proibitivo de queimadas na zona
rural para o dia 1º de outubro próximo. Mas, apesar da medida, o Estado
continua liderando o ranking nacional de incêndios florestais, respondendo por
18% das queimadas registradas em todo país.
Até o início da tarde de ontem,
79.106 ocorrências eram contabilizadas em nível nacional, conforme dados do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Do total, 14.045 focos ocorriam em
Mato Grosso. Outros 7.784 incêndios ocorriam em Rondônia, e 7.656, no Pará.
Localizada em Mato Grosso, a
cidade de Colniza registrava o maior número de focos: 1.174. Por lá, somente
nas últimas 48 horas, foram contabilizadas 51 queimadas. Município pantaneiro,
Barão de Melgaço registra 39 focos.
No Estado, o período de proibição
das queimadas em zona rural começou no dia 15 de julho passado. A prorrogação
também é resultado da situação verificada em Santo de Leverger de Leverger,
onde um incêndio de grandes proporções vinha sendo combatido desde o início
desta última semana pelos Corpos de Bombeiros.
Por lá, o fogo atingiu o Morro de
Santo Antônio e entorno. Na quinta-feira, as chamas foram controladas, mas não
extintas. Nesta última semana, também foi registrado incêndio na APA de Chapada
dos Guimarães, nas proximidades do Parque Nacional. Por lá, o incêndio destruiu
aproximadamente 3.700 hectares. Neste caso, a principal suspeita é de que o
fogo começou a partir de queimada em área agrícola.
A decisão de prorrogação da
proibição foi tomada esta semana após um parecer técnico que recomendando a
prorrogação do período proibitivo. Além das queimadas, a preocupação é quanto
as altíssimas temperaturas e umidade relativa do ar baixíssima.
Durante o período proibitivo,
utilizar fogo para limpeza e manejo de áreas rurais é crime passível de seis
meses a quatro anos de prisão, com autuações. Nas áreas urbanas, o uso do fogo
para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na
ouvidoria do Batalhão Ambiental (BEA): 0800 647 7363, no 193 do Corpo de Bombeiros
ou diretamente nas Secretarias Municipais de Meio Ambiente.
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