Mistério: mulher afirma esperar
gêmeos, mas recebe apenas um bebê após parto
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A dona de casa Cleidiane Silva
dos Santos, que estava grávida de gêmeos, reclama do suposto sumiço de um dos
bebês após o parto, que ocorreu no dia 24 de junho, na Maternidade Santa
Helena, anexo ao Hospital São José, em Ilhéus, sul da Bahia.
Ela conta ter passado mal na hora
do parto, que foi cesárea, ter ficado sonolenta e não ter visto quando os bebês
teriam nascido. O filho de Cleidiane, Laercio Antony, nasceu no dia 24 de
junho. Porém, a outra criança, que se chamaria Bryan Antony, sumiu.
A dona de casa conta que horas
antes do parto ela foi avaliada por uma enfermeira, que disse estar tudo bem
com os dois bebês. "Ela falou bem assim: os dois está (sic) bem, porque
ela já tinha olhado no negócio [ultrassonografia] que eram dois gêmeos. Ela
falou 'tá bem' (sic). Aí ela mandou tomar um banho e ela mandou ir para a sala
de parto", disse Cleidiane Santos.
Cleidiane disse que a última
ultrassonografia da gravidez dela foi feita no dia 3 de junho, quando ela
estava com 37 semanas. O exame mostrado por Cleidiane confirma que ela estava
grávida de gêmeos, e até descreve os dois fetos. A dona de casa ainda disse que
foi sozinha para a maternidade. Após o parto cesárea, ela contou como foi que
recebeu o filho.
"Eles chegaram com uma
criança, ainda no outro dia, porque o neném ficou cá embaixo, no berçário. Eu
falei: cadê o outro? Aí ele falou bem assim: 'mas só tinha um'. Eu falei não,
porque eu vim para a maternidade para ganhar dois e eu estou aqui com a
ultrassom, e eu escutei o coração dos dois lá embaixo, e ela [a enfermeira]
falou que os dois estava (sic) bem. E como é que vocês aparecem aqui com uma
criança só?", contou.
Cleidiane mora sozinha e recebe
ajuda dos vizinhos para cuidar do filho. Estava tudo pronto em casa pra receber
Laercio e Bryan. "Todo mundo estava esperando de vim gêmeos, aí quando ela
foi ter o neném, que veio a resposta mais tarde, era só um, e cadê o outro? Aí
a gente não está entendendo", questiona a tia de Cleidiane, Eva
Cavalcante.
O caso foi registrado na última
quinta feira (6), na delegacia de Ilhéus. A polícia aguarda as informações do
hospital para descobrir o que aconteceu com o outro bebê e vai ouvir
funcionários da maternidade.
"Nós estamos encaminhando um
ofício ao diretor da maternidade para que ele nos encaminhe o prontuário médico
de Cleidiane, assim como nos forneça também, tanto o nome do médico que fez o
parto dela, quanto de toda a equipe médica que acompanhou o parto, para que
essas pessoas, posteriormente, sejam intimadas e ouvidas aqui em audiência. Até
porque, nós precisamos, realmente, definir se houve o nascimento de uma ou duas
crianças", disse a delegada Andréa Oliveira.
A reportagem foi ao Hospital São
José, mas o diretor não estava para falar sobre o assunto. Ninguém quis gravar
entrevista.
"A gente comprou roupa,
outras pessoas também me ajudou (sic) muito, teve o chá de fralda também, com o
nome dos dois, teve bolo, teve tudo", disse a Cleidiane. Ao ser perguntada
sobre qual o sentimento dela neste momento, ela afirmou: "De revolta e de
tristeza, porque eu não posso fazer nada".
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