A Br 163 corre o risco de ser bloqueada novamente por indígenas de nove etnias, que moram na região de Colíder – 165 km de Sinop-. Segundo informações do cacique Raoni Metuktire afirmou que a principal reivindicação atualmente é pela exoneração da coordenadora distrital de Saúde Indígena, que está no comando há mais de 8 meses. De acordo com o Cacique, em acordo firmado o secretário da Sesai em Brasília, Antônio Alves afirmou que a mesma seria exonerada, porém isso não aconteceu e a funcionária permanece no cargo. Raoni informou que nenhuma indígena quer que a funcionária permaneça à frente da coordenação, uma vez que, segundo ele, ela é responsável por paralisar os veículos e até mesmo o avião, utilizados em caso de emergências médicas. “Além disso, 28 funcionários terceirizados do setor administrativo estão sem receber salários desde janeiro, e alguns estão passando necessidades devido a tal situação”, afirmou. No total, são 4 mil indígenas nas aldeias da região.
Desde o final de janeiro, representantes de cada etnia ocupam a sede do distrito de saúde indígena do município. Há cerca de três meses, a BR-163 foi bloqueada, entre Nova Santa Helena e Itaúba, pelos mesmos índios, carretas, caminhões, ônibus, carros e motos ficaram impedidos de passar. Os manifestantes também cobravam a exoneração da coordenadora do Sesai e alegavam que ela teria suspendido contratos e convênios supostamente superfaturados, além de ter demitido alguns indígenas envolvidos nesta situação. Os indígenas ainda reclamavam falta de assistência na área de saúde, obras de saneamento e postos de saúde inacabados; falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências.
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