Os caminhoneiros liberaram por duas horas a passagem de carretas transportando materiais não
perecíveis, como grãos, na BR-163 nos perímetros urbanos de Lucas do Rio Verde. A liberação ocorreu às 11h. A assessoria da Rota do Oeste informou que o bloqueio voltou a ocorrer por volta das 13h. A previsão é de que eles liberem às 19h. Até o momento, não há registro de congestionamento. Os manifestantes informaram que carros menores, ônibus, caminhões e carretas com cargas vivas estão passando.
Nesta quinta-feira, será no mesmo horário. Já na sexta, a intenção é não liberar a passagem de carretas e caminhões, independente das cargas que levam. Existe articulações de empresas do setor de transporte para reforçar o movimento iniciado em Lucas.
Em Nova Mutum, tem um base no trevo de acesso a São José do Rio Claro (MT-249), onde os manifestantes estão orientando os caminhoneiros e não saírem dos armazéns em direção aos portos. Em Nova Mutum, o bloqueio será feito na sexta-feira. “Sabemos que só orientar não será o bastante para sensibilizarmos o governo federal, mais vamos também interditar a rodovia, para ver se alguém se posicione diante dessa situação que estamos vivenciando”, disse um dos manifestantes, Alessandro Pivetta, ao Só Notícias. “Nossa atividade esta se tornando inviável com esses aumentos constantes do óleo diesel e o preço do frete defasado, o governo terá que tomar alguma medida para que nós possamos trabalhar seguramente.
O manifesto é organizado por empresas transportadoras de produtos que estão criticando o aumento nos combustíveis e querem a desoneração do imposto de 17% para 12%. Eles também protestam contra corrupção na Petrobras que, na avaliação de alguns manifestantes, a conta "da roubalheira" está sendo paga pela população através dos aumentos nos combustíveis.
A manifestação também tem o objetivo de pedir ao governo de Mato Grosso que impeça as tradings (empresas que atuam como intermediadoras nas negociações comerciais, principalmente de commodities agrícolas no Estado), de contratar o frete abaixo da tabela estipulada pela Secretaria Estadual de Fazenda. “Isto tem que ser cumprido, é uma resolução. Não estamos inventando nada. Se estas empresas têm certos incentivos fiscais, é correto que elas cumpram determinados critérios. Tem que valer a lei”, diz o empresário Gilson Baitaca, do setor de transportes, em Lucas do Rio Verde. Tradings e agenciadores que não praticarem preços da lista da secretaria correm risco de perderem os seus incentivos fiscais junto ao Estado e terem suas respectivas inscrições estaduais suspensas.
A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) está apoiando o protesto, que não tem prazo para terminar.
Só Notícias apurou que, em Lucas, o preço do diesel é, em média, R$ 3,24. Em Nova Mutum, é vendido a R$ 3,31.Em Sorriso, com o recente aumento, o litro do óleo diesel foi para R$ 3,05 (preço médio apontado pela ANP) , mas pode ser encontrado por até R$ 3,29 em alguns postos. Em Sinop, o valor médio é R$ 2,98 mas alguns vendem por até R$ 3,14.
(Atualizada às 13h30 - fotos: reprodução e Só Notícias/Chico Tello)
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