Secretário de Saúde diz que analisa se OSS deve continuar atuando em MT

Três hospitais são administrados atualmente por duas 2 organizações sociais.
Forma de contratação não foi bem estabelecida, diz novo secretário.Marco Aurélio Bertúlio Neves assumiu a Secretaria

estadual de Saúde. (Foto: Renê Dióz / G1)

O novo secretário estadual de Saúde, Marco Aurélio Bertúlio, declarou que analisa se as Organizações Sociais de Saúde (OSS) vão continuar executando serviços em hospitais de Mato Grosso na nova gestão de governo. Segundo ele, no primeiro diagnóstico feito no setor, a população se mostrou favorável ao atendimento prestado pelas organizações sociais e também que o modelo tem demonstrado resultados.
Porém, avalia que as normas de contratações das OSS no governo anterior não teriam sido bem estabelecidas, como valores pagos e tipo de serviços prestados, o que teria provocado problemas na administração. Bertúlio frisa que as entidades que atuam em Mato Grosso são respeitadas em todo o país e que são uma alternativa na prestação de serviço.

“As OSS não podem ser rotuladas como serviços que não são efetivos. Nós tivemos péssimas experiências no estado e vamos aprender com elas. São entidades respeitadas e que também tiveram a imagem vinculada a uma administração que não foi adequada porque as normas de contratação não foram bem estabelecidas. Então isso precisa ser readequado, conversado e repactuado. Aí vamos dialogar de forma aberta com a população, a permanência delas ou não e a melhor maneira de prestar serviço a população”, pontuou.
Três hospitais regionais em Mato Grosso são administrados por duas organizações sociais de saúde, contratadas pelo governo na última gestão. Entre eles estão os hospitais de Cáceres, Rondonópolis e Sorriso.
Judicialização
Outro ponto que está sendo debatido pela novo governo, segundo o secretário, é como combater a judicialização da Saúde, que é a obtenção de atendimento médico e procedimentos pela população por meio de ações na Justiça.Bertúlio aponta que 10% do orçamento previsto para este ano estão voltados para atender a demanda judicial. "Já realizamos reuniões com o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário para identificar e acolher essa demanda para dar a transparência que a população precisa", frisou.
Ele disse ainda que as ações judiciais estão concentradas nas áreas neurológicas, cardiológicas ortopédicas. Por conta disso, a secretaria deverá implantar um sistema de informação para que a população tenha acesso a detalhes sobre o funcionamento e atuação dos setores da saúde pública, conforme o secretário. “Estamos falando de um sistema de informação em que todos têm acesso à realidade das demandas. O que tem, como pode ser atendido e, principalmente, onde ser atendido e a que custo“, comcluiu.
Kelly Martins Do G1 MT