2014/12/03

Geller pede criação de comissão para investigar 'Operação Terra Prometida' e pede que PF vá até assentamento

Geller pede criação de comissão para investigar 'Operação Terra Prometida' e pede que PF vá até assentamento
"Não sou corrupto. Façam uma comissão e chamem a Polícia Federal para ir até o assentamento".  A declaração foi dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, para a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal, durante sessão na manhã desta quarta-feira (03).


Geller foi convidado pelos parlamentares para explicar a transferência do controle de vacinas de febre aftosa do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) do Rio Grande do Sul para o de Minas Gerais, porém o foco da discussão foi mudado pelos próprios deputados que passaram a declar que essa questão da Reforma Agrária tem de ser alterada.

De acordo com Neri Geller, é de se estranhar que somente agora seu nome tenha aparecido na investigação que resultou a "Operação Terra Prometida", deflagrada no dia 27 de novembro e levou dois de seus 11 irmãos a serem detidos, Odair e Milton Geller. "As investigações tiveram início em 2009 e eu era um cidadão comum e poderia ter sido investigado. Fui deputado federal suplente e também podia ter sido investigado. Assumi em 2013 a Secretaria de Política Agrícola e também podia ser investigado. Assumi o cargo de ministro em 17 de março deste ano e a primeira denuncia anônima foi feita dia 29 de abril e também poderia ter sido investigado e segundo a Polícia Federal, não estou sendo investigado", declarou.

Geller declarou ainda durante a sessão da Comissão da Agricultura, na Câmara Federal, que existem quatro denúncias anônimas no processo que citam seu nome e outras, não anônimas, que estão com declarações vagas. "Foi feito um desmembramento do processo e este foi encaminhado para o Supremo Tribunal e viu-se que não estou sendo investigado. Posso sim ser investigado. Não sou poderoso. Cheguei ao Ministério pela força do meu trabalho".

Hoje, em Mato Grosso existem aproximadamente 100 mil assentamentos dos quais cerca de 88 mil ainda estão irregulares. "Neste assentamento Itanhangá-Tapurah em específico se espera há 20 anos pela regularização", pontuou o ministro.

Conforme Geller, ele possui em Nova Mutum uma propriedade de um mil hectares e reside em Lucas do Rio Verde, onde possui um posto de combustível. "O Grupo Geller que falam é do meu irmão mais novo e ele tem como sócio a sua esposa. Eu não sou sócio do Grupo Geller. Este grupo é uma fábrica de pré-moldados do meu irmão e de sua esposa", esclareceu.

Diversos deputados federais, como o mato-grossense Roberto Dorner (PSD), ressaltaram que os problemas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) são antigos e se prolongam a mais de 20 anos. 
Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto-- Viviane Petroli

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