Também foi bloqueado pela Justiça R$ 1 milhão das contas do estado.
Organização informou à reportagem que não foi notificada de decisãoA Justiça de Mato Grosso determinou o bloqueio de mais de R$ 4 milhões das contas do Instituto Pernambucano de Assistência a Saúde (Ipas), Organização Social de Saúde (OSS) que era responsável pela administração do Hospital Regional de Colíder, cidade distante 648 km de Cuiabá. Também foi bloqueado pela Justiça mais de R$ 1,4 milhão das contas do Governo. O valor total deverá ser utilizado para a compra imediata de medicamentos e equipamentos para o funcionamento completo da unidade de saúde, que segundo a decisão judicial, está em situação caótica. A assessoria do Ipas informou por meio de nota que a OSS não foi notificada da decisão.
O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPE) e Defensoria Pública (DP), sendo deferido em caráter liminar pela juíza Henriqueta Fernanda Lima, da Segunda Vara da Comarca do município. Conforme a decisão, os valores deverão ser depositados em conta judicial “vinculada ao presente feito e serão liberados, mediante alvará judicial, a conta a ser informada pelo Ministério Público, e repassada aos fornecedores de insumos após juntada das notas fiscais que deverão ser apresentadas pela interventora ao parquet que comunicará a este juízo o valor a ser repassado”.Além disso, a juíza determinou que o estado providencie em 30 dias a compra de medicamentos e equipamentos de forma permanente e regular, a fim de que o funcionamento do hospital seja integral. A multa diária será no valor de R$ 20 mil, pelo descumprimento, além do bloqueio dos valores da conta do estado.
A decisão determina ainda que a gestão do hospital seja retomada imediatamente pelo estado, que não poderá terceirizar os serviços da unidade de saúde. Entretanto, o governo já havia determinado a intervenção na unidade e no Hospital Regional de Alta Floresta, desde o início do mês de maio, quando a Secretaria Estadual de Saúde (SES) passou a ser responsável pela administração das unidades. Os contratos do estado com o Ipas para administrar essas duas unidades já haviam sido encerrados em abril.
Por meio de nota, a assessoria do Ipas enfatizou que há aproximadamente um ano estaria informando à SES que os recursos para atender às necessidades do Hospital Regional de Colíder seriam insuficientes. A secretaria teria criado então uma comissão em dezembro de 2013 e chegado a mesma conclusão. A partir da nomeação da comissão, a administração teria sido passada para a SES, sendo que o Ipas apenas executaria as determinações da pasta, segundo a assessoria. Por outro lado, a assessoria da SES alegou que os valores foram bloqueados a fim de regularizar o atendimento que deveria ter sido normalizado pela OSS, enquanto era responsável pela administração do hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.