Categoria pede reestruturação salarial e pagamento de benefícios, como adicional noturno e insalubridade
DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
O secretário-chefe da Casa
Civil, Pedro Nadaf, admitiu que a nova proposta de reestruturação de
carreira, apresentada por lideranças sindicais da Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros, durante reunião na sexta-feira (23), no Palácio
Paiaguás, não deve ser aceita pelo Governo.DA REDAÇÃO
Segundo o secretário, a proposta ainda não está adequada às condições financeiras do Estado. “Há ainda números que o Governo, considerando os aspectos econômicos, orçamentários e financeiros, não tem condições de atender. Mas estamos discutindo a questão”, disse.
Os militares querem reestruturação salarial e pagamento de benefícios, como adicional noturno e insalubridade. Eles já haviam se reunido com o Governo na semana passada, mas a reunião também terminou em impasse.
“Eles estão muito conscientes da situação e nós reconhecemos o trabalho desenvolvido pela Policia Militar e pelas suas representações. Estamos tentando encontrar aquilo que seja bom para categoria e que não seja pesado para o Governo”, explicou Nadaf.
O secretário afirmou que os militares não discutem mais a possibilidade de um aquartelamento em Cuiabá, que ocorreria às vésperas da realização dos quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, na Arena Pantanal.
Na reunião, foram agendados novos encontros para discutir os pedidos dos policiais militares e bombeiros.
A primeira será no dia 29 de maio, na Secretaria de Estado da Administração (SAD), e a segunda, com a equipe econômica das secretarias de Planejamento (Seplan) e de Fazenda (Sefaz), no dia 2 de junho.
Ainda de acordo com Nadaf, o governador Silval Barbosa (PMDB) só deve apresentar uma posição do Executivo no dia 6 junho.
“Até a primeira semana do mês de junho, nós devemos ter os números tecnicamente discutidos, para o governador tomar uma decisão que seja viável aos dois lados”, completou.
Aquartelamento
Anteriormente, com a insatisfação dos militares, o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso (Assof/MT), major Vanderson Nunes de Siqueira, havia declarado que não descartava a possibilidade da as duas categorias parar as atividades.
Mesmo sabendo que a greve é proibida, de acordo com o estatuto da PM, que prevê a demissão, Siqueira afirmou não temer as consequências e que busca "apenas o que é de direito dos profissionais".
“Temos exemplos de outros estados em que ocorreu o aquartelamento, como em Pernambuco. Acho que tanto o Estado quanto à sociedade têm que ser sensíveis às causas da Polícia, pois estamos nos sacrificando e trabalhando em parceria com o Governo”, desabafou.
Siqueira explicou que os militares pensavam em cobrar as medidas apenas em 2015, em respeito ao discurso feito pelo Governo, de que não havia recursos disponíveis para atendimento das reivindicações feitas.
“Mas, aí ficamos sabendo que, em abril, o Governo aprovou reajuste salarial para uma série de carreiras e não estamos mais entendendo qual a situação real do Estado”, disse.
Conflito
Um conflito de números relacionados à tabela salarial impediu qualquer avanço nas negociações entre entidades vinculadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros com o governador Silval Barbosa (PMDB).
Representantes da PM e dos Bombeiros se reuniram, no último dia 15, no Palácio Paiaguás, para discutirem sobre as reivindicações das duas categorias.
De acordo com o Vanderson Siqueira, o conflito com a equipe técnica do Governo impediu qualquer avanço nas conversas.
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